A internet transformou os eleitores mineiros nos principais fiscais de propaganda política ilegal no estado. Desde abril, quando o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) criou o sistema de denúncias online, recebeu uma média diária de 13 registros informando sobre irregularidades, com um total de 2.108 denúncias feitas apenas pela web.

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Os principais alvos foram os cavaletes fixos, com 277 registros de irregularidades, seguidos por placas (268), cartazes (192), banners (128) e carros de som (135). Mas as denúncias não foram restritas à material impresso. O TRE-MG recebeu queixas até de showmícios e trios elétricos, proibidos pela legislação eleitoral e responsáveis por oito registros cada.

A fiscalização por parte do eleitor começou antes mesmo do período oficial de campanha. A propaganda extemporânea teve 156 denúncias. Apesar da atenção dos eleitores, a maioria dos casos resulta apenas na retirada do material. Nas eleições municipais de 2008, quando o sistema de denúncia online funcionou apenas em Belo Horizonte, a Justiça recebeu 1.756 registros de irregularidades.

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Este ano, o TRE-MG já analisou também 258 representações contra propaganda eleitoral irregular, sendo 161 delas de material veiculado no horário gratuito na televisão e no rádio. Esse tipo de denúncia, que é analisada por magistrados da Justiça Eleitoral, só pode ser apresentada por candidatos, partidos, coligações ou pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).

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