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PSDB usa Ibope em material de campanha

Os recentes pedidos da coligação do candidato Beto Richa (PSDB) à Justiça para suspender a divulgação de pesquisas eleitorais no Paraná contrasta com a estratégia de campanha tucana nesta reta final da disputa pelo governo do estado. Se no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o pedido do PSDB é para não dar publicidade aos resultados das pesquisas, alegando problemas técnicos na metodologia empregada pelo instituto, nas ruas acontece o inverso justamente para favorecer o candidato tucano.

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O Instituto Datafolha entrou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com uma reclamação contra o juiz auxiliar Nicolau Konkel Júnior, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná. Konkel bloqueou uma das pesquisas do Datafolha. Ontem, o juiz lamentou a atitude do Datafolha, que requereu à corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, a instauração de processo disciplinar contra Konkel pela decisão de suspender a divulgação de pesquisa eleitoral.

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O ministro Marco Aurélio Mello, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), liberou ontem à noite por meio de liminar a divulgação da pesquisa de intenção de voto do Ibope para o governo do Paraná e para o Senado. O levantamento, se a decisão não for cassada, será divulgado hoje às 19 horas pelo telejornal Paraná TV, da RPC TV, e logo depois pelo site da Gazeta do Povo. Amanhã, os dados da pesquisa serão publicados na edição de domingo da Gazeta.

Marco Aurélio atendeu a um recurso do Ibope contra a decisão do juiz eleitoral do Paraná Luciano Carrasco. Ele, na última quinta-feira, havia suspendido a divulgação da pesquisa. O pedido para proibir a divulgação do levantamento havia sido feito pela coligação do candidato ao governo Beto Richa (PSDB).

A decisão de quinta-feira de Carrasco foi mantida ontem pelo plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE), que recusou o primeiro recurso do Ibope. Segundo o instituto, os argumentos usados para desbloquer a pesquisa no TSE foram os mesmos rejeitados pela Justiça paranaense.

A decisão do ministro do TSE de liberar o Ibope ocorreu no mesmo dia em que a Justiça Eleitoral do Paraná proibiu a divulgação de outras duas pesquisas de intenção de voto para o governo do estado – dos institutos Datafolha e Alvorada. Os pedidos para a suspensão dos levantamentos foram feitos, respectivamente, pelo PRTB e PSDB. O Datafolha, que foi encomendado pela RPC e pelo jornal Folha de S.Paulo, também recorreu da proibição ao TSE. O recurso, porém, até o fechamento da edição, não havia sido julgado.

Com as decisões de ontem da Justiça paranaense, eram dez as pesquisas eleitorais, de seis institutos diferentes, suspensas pela Justiça Eleitoral – a grande maioria a pedido do PSDB, que impugnou oito (uma delas, a do Ibope, liberada pelo TSE). As outras duas foram proibidas a partir de reclamação do candidato a governador pelo PRTB, Robinson de Paula.

Há pelo menos duas semanas os eleitores paranaenses não têm informações atualizadas da corrida pelo governo e o Paraná estava ameaçado de ser o único estado do país a não ter levantamentos de intenção de voto às vésperas da eleição – o que gerou críticas de especialistas de que havia cerceamento do direito à informação no Paraná.

A última pesquisa divulgada no Paraná havia sido a do Datafolha, em 16 de setembro. O levantamento mostrava empate técnico entre Richa e o candidato Osmar Dias (PDT) – os dois principais concorrentes ao Palácio Iguaçu.

A equipe jurídica da campanha de Richa argumentou em todos os pedidos de impugnação de pesquisas que haviam problemas técnicos nas pesquisas dos institutos.

Partido polêmico

Na decisão que barrou a pesquisa Datafolha, a pedido do PRTB, o juiz Carrasco informou que o levantamento não "fez constar o nome do PRTB, o que denota um tratamento desigual, não justificado", na pergunta sobre qual é o partido de preferência do eleitor.

O PRTB, embora seja uma legenda nanica, tem se notabilizado nas duas últimas eleições por se envolver em polêmicas. Nesta campanha, o partido estava usando espaço de seu candidato ao governo para fazer críticas a Beto Richa. O candidato Robinson de Paula se rebelou contra a direção partidária, insinuou que a legenda estaria a serviço de Osmar Dias e recorreu à Justiça contra o próprio partido. Conseguiu que seu espaço não fosse aproveitado para ataques a Richa. Mas a direção do partido desfiliou De Paula e tentou tirá-lo da disputa, substituindo o candidato. Não obteve sucesso.

Na eleição municipal de 2008, para a prefeitura de Curitiba, a legenda também se envolveu em confusão. O partido estava oficialmente coligado com o PTB do então candidato Fabio Camargo. Mas um grupo de dissidentes abandonou o PRTB para apoiar o então candidato à reeleição Beto Richa. Montaram o chamado Comitê Lealdade, em favor do tucano. Esse comitê acabou recebendo recursos da campanha de Richa que não foram contabilizados, o chamado caixa 2 – caso que ainda está correndo na Justiça.

Serviço:

A última pesquisa divulgada, do Datafolha, ouviu 1.246 pessoas em 47 municípios entre os dias 13 e 14 de setembro. O levantamento está registrado no TRE-PR com o nº 21.776/2010 e no TSE sob o nº 30.034/2010.

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