Brasília - Depois de uma campanha tumultuada e ainda sob os reflexos da crise política deflagrada no ano passado, a definição para governador do Distrito Federal ficou para o segundo turno. Os eleitores voltarão às urnas para escolher entre um neopetista aliado a antigos personagens dos escândalos de pagamento de propinas e a candidatura "laranja" da mulher do ex-governador Joaquim Roriz (PSC), barrado pela lei da Ficha Limpa.
Agnelo Queiroz, do PT, obteve 48,41% dos votos válidos e Weslian Roriz, do PSC, recebeu 31,50%. O crescimento da candidatura de Toninho do PSOL, que recebeu 14,25%, provocou o segundo turno. Foram registrados 6,13% votos nulos e 3,76% brancos.
Agnelo Queiroz, que migrou do PCdoB para o PT, teve sua imagem colada a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se preparou para uma vitória no primeiro turno. A expectativa foi frustrada pelos votos cativos de Roriz, capturados pela neófita Weslian, sinal de que o eleitor do DF relativizou o impacto das denúncias de corrupção e a exclusão de Roriz por ter sido enquadrado na Lei do Ficha Limpa.
A liderança de Agnelo Queiroz representa a possibilidade de o PT voltar ao poder na capital do país depois de mais de onze anos. Mas o retorno do partido inimigo de Roriz e Arruda está longe de representar uma grande renovação na política local.
Em poucos dias de campanha, Weslian repetiu que contará com a ajuda de Deus e de assessores técnicos para enfrentar os problemas do DF. Sem respostas para as perguntas que lhe faziam, quando não pôde recorrer ao marido, prometeu simplesmente "amor e carinho" em seu suposto governo. Agnelo avisou que, se eleito, pretende acumular o governo no DF com o cargo de secretário de Saúde.
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