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45 dos 54 deputados faltam a sessões durante a campanha

Apenas nove parlamentares da Assembleia estiveram presentes no plenário em todas as votações. Na bancada federal, só três dos 30 deputados do Paraná não faltaram

Caíto: dez faltas a sessões justificadas ; Hermas Jr.: nove faltas e duas justificadas | Nani Gois/ Alep ; Sandro Nacimento/ Alep
Caíto: dez faltas a sessões justificadas ; Hermas Jr.: nove faltas e duas justificadas (Foto: Nani Gois/ Alep ; Sandro Nacimento/ Alep)

Do início oficial da campanha eleitoral (em 7 de julho) até ontem, 45 dos 54 deputados estaduais faltaram a pelo menos uma das 17 sessões realizadas na Assembleia Legislativa do Paraná. No total, houve 166 faltas, das quais 95 foram justificadas.

O campeão de ausências não justificadas é o deputado Hermas Brandão Jr. (PSB), que não compareceu a nove sessões e justificou a ausência em outras duas. Quem acumula o maior número de faltas justificadas é o candidato à reeleição pelo PMDB Caíto Quintana, com dez ausências, seguido de perto pela deputada e também candidata à reeleição Marla Tureck (PSD), que justificou sete faltas e não justificou uma.

Apenas nove deputados não faltaram a nenhuma das sessões realizadas no período, apesar de estarem tentando a reeleição. São eles: Artagão Júnior (PMDB), Douglas Fabricio (PPS), Gilberto Ribeiro (PSB), Jonas Guimarães (PMDB), Luiz Claudio Romanelli (PMDB), Nelson Luersen (PDT), Pastor Edson Praczyk (PRB), Tadeu Veneri (PT) e Tercílio Turini (PPS).

Câmara Federal

Dos 30 deputados federais eleitos pelo Paraná, apenas três compareceram a todas as nove sessões deliberativas (ordinárias ou extraordinárias) da Câmara dos Deputados realizadas entre 7 de julho e 31 de agosto: Leopoldo Meyer (PSB), Luiz Carlos Hauly (PSDB) e Rubens Bueno (PPS). Os que mais faltaram são André Vargas (PT) e Hidekazu Takayama (PSC), que estiveram presentes em apenas duas sessões no período.

Vargas, que responde a processo de cassação na Câmara dos Deputados e não concorre à reeleição, não apresentou qualquer justificativa para suas faltas. Já Takayama, que tenta um novo mandato, só não justificou sua ausência em uma sessão realizada em 5 de agosto. Segundo o deputado, entre 14 e 16 de agosto ele teve obrigações político-partidárias que o impediram de comparecer às sessões, enquanto no dia 6 de agosto ele estava em "missão autorizada".

Análise

O cientista político Ricardo Oliveira, da UFPR, afirma que as eleições aumentam a morosidade do processo legislativo e o adiamento de debates importantes. Segundo Oliveira, apesar das eleições, o Legislativo não deve parar. "É o fim de um ciclo [uma legislatura], mas não pode ser um abandono completo. É preciso continuar os debates e, principalmente, a fiscalização [do Executivo]", diz. Ele ainda afirma que há uma relação entre presenças e ausências na campanha e durante o mandato. "Os que faltam no período eleitoral também faltam em toda legislatura; os que são mais assíduos geralmente também o são no período eleitoral."

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