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Assim como em 2006 e em 2010, o PT superou neste domingo nas urnas os escândalos de corrupção que abalam o partido há meses e ganhou as eleições com Dilma Rousseff, com quem seguirá governando o Brasil até o final de 2018.

Dilma foi reeleita para um novo quadriênio, com quase 51,58% dos votos válidos, contra 48,42% de Aécio Neves, do PSDB, com 99,34% das urnas apuradas.

Veja o resultado da apuração dos votos para presidente em todo Brasil

Veja o resultado da apuração dos votos para presidente no Paraná

Veja o resultado da apuração dos votos para presidente em Curitiba

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O PT está no poder desde 2003, quando ganhou pela primeira vez com Luiz Inácio Lula Silva, e chegou ao processo eleitoral que concluiu hoje com a apertada vitória de Dilma ferido por um esquema de corrupção revelado na Petrobras.

A maior empresa do país está no centro de uma investigação judicial sobre denúncias que abrangem desde lavagem de dinheiro até seu suposto papel de "caixa dois" do PT e outros partidos da coalizão que respalda a presidente reeleita hoje.

O escândalo começou no início deste ano, quando foram denunciados supostas ilegalidades em uma operação por meio das quais a companhia petrolífera estatal adquiriu uma refinaria nos Estados Unidos.

A compra da refinaria de Pasadena pareceu ser apenas a ponta de um imenso iceberg de desvio de dinheiro público no qual estariam implicados dezenas de políticos, em sua maioria membros da base governista, mas também outros de diversas legendas do arco opositor, inclusive o PSDB.

As denúncias sobre os escândalos na Petrobras aumentaram com o início da campanha eleitoral e em boa medida marcaram o processo, a ponto de novas acusações que envolveram Dilma terem incendiado os ânimos nos últimos dois dias.

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Na sexta-feira passada, em uma edição que chegou às bancas um dia antes do habitual, a revista "Veja" publicou em sua capa impactantes fotos de Dilma e Lula sob o título "Eles sabiam de tudo".

A revista garantiu, sem citar fonte alguma, que o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava Jato, teria reconhecido em depoimento à polícia que a presidente e seu antecessor estavam cientes do esquema de desvio de recursos.

A veracidade dessa informação foi posta em xeque pelo advogado Antônio Figueiredo Basto, defensor de Yousseff, que disse que não tinha conhecimento dessa declaração, apesar de estar presente em cada depoimento de seu cliente perante a polícia.

Dilma reagiu com indignação e acusou a "Veja" de tentar "manipular a vontade popular", mas o episódio deu fôlego a Aécio para renovar as acusações de corrupção que lançou contra a presidente e o PT ao longo de toda a campanha.

A ofensiva de Aécio finalmente fracassou e o PT voltou a superar escândalos de corrupção, com os quais convive desde 2005, quando na metade do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva foi denunciado o mensalão.

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Esse escândalo marcou as eleições de 2006, nas quais, apesar das turbulências, Lula renovou seu mandato por outros quatro anos, e também as de 2010, quando o PT postulou Dilma pela primeira vez.

A atual presidente ganhou essas eleições ainda sobre o impacto do esquema de compra de votos no Congresso, que acabou sendo julgado em 2012 e levou à prisão 25 políticos e empresários, entre eles influentes ministros e dirigentes do PT.

Nas eleições de 2010, a campanha de Dilma também foi denegrida por denúncias de tráfico de influência que atingiram Erenice Guerra, a quem a então candidata tinha deixado como sucessora em seu cargo de ministra da Casa Civil.

No entanto, a candidata do PT superou cada uma das denúncias e estendeu a permanência de seu partido no poder a 12 anos com a primeira vitória de Dilma nas urnas.

Neste domingo, o PT voltou a impor-se aos escândalos, mas a investigação em torno da corrupção na Petrobras continua aberta na polícia, na Justiça e no Congresso, que há três meses criou uma comissão especial para esclarecer o caso.

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Apesar da vitória de hoje, a sombra da corrupção se estenderá ainda sobre o PT e nenhum analista duvida que obscurecerá a política brasileira durante os próximos meses e será a principal arma da oposição, que ao longo desta campanha se reforçou e representa agora quase metade do país.