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43%

dos R$ 45 milhões do total de gastos dos 1.208 candidatos do Paraná foram direcionados para ferramentas de publicidade, promoção e propaganda.

Os 1.208 candidatos do Paraná que concorrem a uma das vagas para governador, senador, deputado federal ou deputado estadual gastaram R$ 19,4 milhões em publicidade, promoção e propaganda nas suas campanhas. O montante é suficiente para cobrir 2,5 meses do subsídio à Rede Integrada de Transportes (RIT), convênio que já causou atrito entre governo do estado e prefeitura de Curitiba. O repasse estadual de R$ 7,5 milhões mensais é necessário para assegurar o valor da passagem e manter a integração do transporte coletivo entre a capital e a Região Metropolitana.

Os dados foram extraídos da 2.ª parcial da prestação de contas que os candidatos são obrigados a apresentar à Justiça Eleitoral. Os valores correspondem ao período de 5 de julho, início da campanha, a 7 de setembro. Somente os candidatos a uma das 54 vagas na Assembleia Legislativa do Paraná utilizaram R$ 7,2 milhões para fazer publicidade em materiais impressos, placas, estandartes e faixas, criação de jingles, vinhetas, slogans e páginas na internet, eventos de promoção, entre outras ferramentas de marketing político. Pedro Lupion (DEM), que busca a reeleição, é o principal gastador entre os 848 candidatos com R$ 636 mil (9% do total).

Na sequência, vêm os 344 postulantes a uma das 30 vagas de deputado federal. Eles gastaram R$ 6 milhões em publicidade para reforçar suas imagens junto aos eleitores. Considerando o valor de apenas uma categoria da lista estipulada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alfredo Kaefer, que também tenta a reeleição, está no topo do ranking de gastos com promoção. O empresário da região Oeste utilizou R$ 348 mil em "publicidade por materiais impressos".

"Nos cargos proporcionais, esses gastos eram esperados. Como não se tem muito tempo de televisão, é preciso fazer uma campanha mais corpo a corpo, usar outras formas e a tendência acaba nestes itens de publicidade para se manter no dia a dia do eleitor", explica Doacir Quadros, coordenador do grupo de pesquisa Meios de Comunicação e Política do Centro Universitário Uninter.

Majoritárias

Entre os concorrentes à cadeira de governador, o gasto com publicidade chega a R$ 3,6 milhões, sendo que quase metade do valor é atribuído a Beto Richa (PSDB). O atual governador gastou R$ 1,7 milhão com oito ferramentas de propaganda como produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, eventos, publicidade em carro de som, jornais e revistas, entre outros.

Na sequência vem a candidata do PT, Gleisi Hoffmann, com pouco mais de R$ 1 milhão, enquanto Roberto Requião (PMDB) gastou R$ 780 mil na promoção da sua candidatura.

Bernardo Pilotto (PSOL) aparece com R$ 750 no item "publicidade por materiais impressos". Os outros quatro candidatos não declararam gastos com propaganda.

Na corrida pela única vaga ao Senado, três concorrentes gastaram R$ 2,6 milhões - os outros cinco não apresentaram gastos com publicidade. Marcelo almeida (PMDB), candidato mais rico do Brasil, investiu R$ 1,9 milhão, sendo R$ 528 mil com "publicidade por materiais impressos" e R$ 416 com "eventos de promoção da candidatura". Alvaro Dias (PSDB) utilizou R$ 368 mil no fomento da sua candidatura e Ricardo Gomyde (PCdoB) R$ 287 mil.

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