| Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Com um início de campanha difícil, em que a própria militância petista chegou a cogitar a volta do ex-presidente Lula (PT), Dilma Rousseff (PT) chegou ao final do segundo turno com sinais de cansaço, resultado da agenda intensa de viagens realizadas na última semana em busca da reeleição. Na reta final da corrida presidencial, ela inclusive decidiu alterar a agenda, evitando grandes eventos.

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O cansaço ficou evidente quando a presidente participou do debate no SBT, no último dia 16. Logo depois da transmissão, Dilma passou mal e interrompeu a fala durante uma entrevista ao vivo. Mesmo assim, ela terminou a conversa em tom de bom humor, quando foi interrompida ao tentar concluir a fala: "Se é assim que você quer, é assim que será feito".

A imagem mais bem-humorada e de mulher comum foi bastante explorada na campanha da petista. O tom teve de ficar mais pesado, porém, quando vieram os críticas dos demais candidatos, principalmente quando o assunto era as denúncias de corrupção na Petrobras, escândalo que estourou bem no meio da corrida presidencial e foi bastante explorado nos debates.

Os opositores também focaram as críticas nos problemas econômicos do país. Para rebater os ataques, o PT investiu pesado nos avanços sociais dos últimos 12 anos. Nas propagandas eleitorais e nos debates, a presidente destacou programas como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e o Pronatec.

Quando viu a candidatura ameaçada pelo crescimento de Marina Silva (PSB) nas pesquisas, a petista passou a criticar duramente a substituta de Eduardo Campos (PSB), morto em agosto após num acidente aéreo. Os principais questionamentos foram quanto às supostas inconsistências das propostas de Marina, de sua posição em relação ao pré-sal e por sua defesa da independência do Banco Central.

Embates

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Já na campanha de segundo turno, contra Aécio Neves (PSDB), a troca de farpas ficou ainda mais evidente. No debate no SBT, inclusive, a campanha do "nós contra eles" se intensificou com comparações das gestões tucanas com as petistas, além de acusações de nepotismo e corrupção.

Na ocasião, a petista chegou até a citar o caso em que o tucano foi parado em uma blitz no Rio de Janeiro. "Acho importante a Lei Seca para o Brasil. Todas as semanas tem gente morrendo em acidentes de trânsito. Temos que tratar esse assunto com seriedade. Ninguém pode dirigir embriagado ou drogado", cutucou.

Ontem, após votar em Porto Alegre (RS), a petista deu sua impressão final sobre a acirrada disputa, até certo ponto otimista. "Acho que houve momentos em que o nível [da campanha] não foi muito alto, mas eu não diria que ela inteiramente foi uma campanha em que prevaleceu o baixo nível. Acho que teve momentos lamentáveis, com o uso de formas de tratamento indevidas. Acredito que isso foi rejeitado pela população. Acho também que se teve oportunidade de confrontar opiniões e fazer o debate sadio", disse.