O racha eleitoral entre o PT e o PSB em Belo Horizonte (MG) e Recife (PE) já se transformou em "guerra" com potencial de abalar a aliança entre os dois partidos no governo federal. Nesta semana que passou, o ex-presidente Lula investiu em duas frentes contra candidatos do PSB. Em Recife, apareceu no programa do candidato Humberto Costa (PT) para criticar o "choque de gestão" do governador pernambucano Eduardo Campos, presidente nacional do PSB. E, na sexta-feira à noite, em Belo Horizonte, subiu no palanque do ex-ministro Patrus Ananias (PT) e criticou o prefeito e candidato à reeleição Márcio Lacerda, um dos expoentes do PSB nacional, insinuando que ele "não sabe cuidar do povo".
A movimentação de Lula contra o PSB tem endereço certo: Eduardo Campos, que estaria tentando pavimentar desde já sua candidatura à Presidência em 2014, contra Dilma Rousseff. Para as lideranças petistas, o governador de Pernambuco mede forças com o PT e quer testar sua independência de Lula.
O presidente nacional do partido, Rui Falcão, confirma a tensão entre os dois partidos: "O que houve entre o PT e o PSB foi uma ruptura de acordos que já tinham sido estabelecidos. Em Belo Horizonte, por exemplo, queríamos continuar apoiando o PSB, mas preferiram o Aécio [Neves, senador tucano]. E em Recife, romperam com a Frente Popular", disse Falcão.
Apesar do clima, ele afirma esperar que os socialistas continuem na base aliada do governo Dilma: "Temos aliança com o PSB em várias cidades; e, no governo federal, eles compõem nossa base. Espero que continue assim".
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