O candidato do PSDB à sucessão presidencial, Aécio Neves, não foi citado em manifesto de artistas e intelectuais em apoio às candidaturas do PSDB em São Paulo. O documento foi lido nesta segunda-feira (15) em evento de apoio da classe artística à chapa majoritária do PSDB em São Paulo.

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A reunião foi organizada pela campanha à reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em conjunto com artistas e intelectuais. O evento contava com material de campanha dos três candidatos tucanos: Geraldo Alckmin, Aécio Neves e José Serra, que disputa uma vaga ao Senado Federal. O presidenciável, que fez campanha eleitoral nesta segunda-feira (15), não compareceu.

"Queremos declarar apoio a José Serra para senador e ao governador Geraldo Alckmin como nosso candidato ao governo de São Paulo", destaca o documento, sem mencionar Aécio Neves. O evento contou com as participações da atriz Beatriz Segall, do maestro Júlio Medaglia, do cantor Rolando Boldrin, do artista plástico Gilberto Salvador, do cineasta João Batista de Andrade, entre outros.

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O maestro Amilson Godoy, que ajudou a elaborar o manifesto e foi um dos que fez a leitura do documento, afirmou que a ausência do nome de Aécio Neves deveu-se a uma "falha de omissão", a um "erro na datilografia". "Eu acho que seria ideal a inclusão do nome dele em um novo documento", disse.

Marina

A atriz Beatriz Segall também foi uma das responsáveis pela leitura do manifesto. Em conversa com a reportagem, antes do início do ato, manifestou a intenção de votar na candidata do PSB à sucessão presidencial, Marina Silva, adversária de Aécio Neves. Na opinião dela, o PT não conseguirá desconstruir a imagem da candidata nas eleições presidenciais. "Eles não vão conseguir [desconstruí-la]. A Marina é forte", disse.

No documento, os artistas reivindicam a ampliação da participação da sociedade civil na área cultural, o aumento dos recursos destinados às atividades culturais, o fortalecimento da rede paulista de museus, entre outros.

Ainda que Aécio Neves não tenha sido citado no manifesto dos artistas e intelectuais, tanto Serra quanto Alckmin pediram apoio ao tucano. "Nós não damos a candidatura do Aécio como perdida. A campanha eleitoral ainda não terminou", ressaltou Serra.

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O ato contou ainda com a participação de três travestis do movimento "Esquadrão das Drags" de apoio a liberdade de gênero. No início do ato, o funkeiro Mc Davibe declarou apoio em ritmo de funk ao governador de São Paulo. "Pode confiar, com Geraldo no comando, São Paulo não vai parar."

Alckmin e Serra também receberam apoio do ex-ministro do Trabalho Almino Afonso, que fez críticas à atuação do governo federal na área cultural e econômica. "São Paulo tem hoje uma responsabilidade imensa no plano nacional. O país está descambando em todos os sentidos: na imoralidade, na economia arrebentada, na derrota da Petrobras", disse.

As críticas ao governo federal também foram feitas por Serra. Em discurso, o tucano acusou o PT de ter uma vocação irresistível para manipular e aparelhar."Essa tendência a manipulação faz muito mal a cultura no Brasil e é um desperdiço de dinheiro público."

Os ataques também foram encampados pelo governador. Segundo Alckmin, a economia nacional está paralisada e o custo Brasil tornou-se altíssimo. "O Brasil fico caro antes de ficar rico", concluiu o tucano.

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