Tido como o grande unificador do Paraná ao construir a partir do Centro Cívico, em Curitiba, a capital de todos os paranaenses, o ex-governador Bento Munhoz da Rocha Netto identificou em 1969 as vocações do Paraná do amanhã. Escrito em janeiro daquele ano, o prefácio do livro História do Paraná, assinado pelo ex-governador, traz uma perspectiva detalhada de como ele considerava o povo paranaense como "o mais preparado para o processo de desenvolvimento econômico do país".
Bento viu no passado a explicação para a aptidão do estado no futuro. Ele apontou a tendência do paranaense pelo pioneirismo e buscou na história da colonização do estado a explicação para a característica, já que o estado era basicamente formado por imigrantes europeus e migrantes gaúchos e catarinenses.
"Aqui vive o exemplo de homens que se locomoveram, às vezes, de longes terras, para criar desenvolvimento, acreditando nele e na possibilidade de que o desenvolvimento global a todos inclui, aos mais ricos e aos mais pobres, aos grandes e aos pequenos", afirma um dos trechos do texto.
O ex-governador, tido como um intelectual, vislumbrava a coragem de olhar para frente, de inovar, de progredir do paranaense. "Talvez em nenhuma outra região brasileira exista tanta gente quanto aqui de comportamento compatível com o desenvolvimento, sabedor dos seus processos e crente em sua promoção social. Talvez não haja hoje, em todo o Brasil, outra região como a paranaense, em que seja tão intensa a mobilidade social e, consequentemente, a promoção humana."
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