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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o economista Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central (BC) no segundo governo Fernando Henrique Cardoso e indicado por Aécio Neves para assumir o posto de Mantega em um eventual governo do PSDB, divergiram sobre a condução da economia do país para os próximos anos. Promovido ontem pela jornalista Míriam Leitão no canal por assinatura Globo News, o debate expôs visões antagônicas sobre a crise internacional, o controle da inflação e o papel que caberia aos bancos públicos. "Entendo um banco público fazer programa emergencial, acho que isso é perfeito. O que eu não entendo é gastar dinheiro com a Petrobras, com grandes empresas privadas, que têm acesso ao mercado", afirmou Arminio, criticando também uma suposta falta de transparência na transferência de recursos para esses bancos, o BNDES sobretudo.
Mantega rebateu ao dizer que os bancos públicos são bem geridos, com lucros e baixa inadimplência. "Se não tivesse esse programa do BNDES, não teríamos conseguido fazer crescer o investimento em período de crise."
Para Mantega, o Brasil resistiu à pior crise internacional dos últimos 80 anos gerando empregos e mantendo ganhos de renda, e, portanto, está preparado para entrar num novo ciclo de crescimento mais acelerado, prestes a chegar.
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