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A candidata à Presidência pelo PSB,Marina Silva, minimizou as diferentes posições colocadas por integrantes da campanha e por seu antecessor na cabeça de chapa, Eduardo Campos, com relação a propostas para a economia e, em especial, sobre a meta de inflação. "Quando Eduardo fez as afirmações (sobre metas de inflação) estávamos em debate", disse Marina em referência a falas de Campos, quando prometia reduzir o centro da meta de 4 5% para 3%.

Em relação à fala de Alexandre Rands, economista que colabora com a sua campanha, de elevar a meta de inflação num primeiro ano de governo para acomodar pressões da liberação de preços administrados, Marina repetiu que Rands deu sua posição pessoal e não a da campanha. "Nossa proposta é 4,5%", frisou.

Questionada como chegar a essa meta de inflação, Marina desconversou e disse que o primeiro passo é que os brasileiros escolham um presidente que recupere a credibilidade da economia brasileira. "A presidente Dilma se aventurou e hoje o País tem pouca credibilidade, com juros altos." Marina citou também a proposta de criar um conselho de responsabilidade fiscal, a ser estabelecido por lei e que seria um órgão com independência para fiscalizar os gastos do governo.

Marina criticou a gestão atual pela chamada contabilidade criativa, modelo em que o "céu é o limite", segundo a candidata. "Não vamos elevar o gasto público acima do crescimento (do PIB). Hoje o governo gasta de forma ineficiente", disse e reforçou seu discurso de que é possível ter responsabilidade fiscal e elevar os orçamentos da saúde e da educação, desde que haja boa gestão e prioridades definidas.

A candidata foi questionada ainda sobre os preços administrados. Como em outras ocasiões, não respondeu diretamente sobre qual seria a decisão de eventual governo seu, se de liberar o represamento de uma vez só ou de forma gradual. Marina repetiu que a presidente Dilma vai ter que resolver a questão ainda neste mandato. "Ela tem que resolver esse angu de caroço em que colocou o Brasil."

Bancos

Ela também disse que em eventual governo pretende manter o papel social dos bancos como Caixa, Banco do Brasil e BNDES, mas que não haverá mais o uso político dessas instituições. "O que enfraquece é o BNDES é dar dinheiro para meia dúzia de empresários, alguns deles falidos", disse em referência indireta ao empresário Eike Batista.

Marina repetiu acusações de aparelhamento do Estado pelo governo Dilma, que chegou a indicações para os bancos públicos. Ela reafirmou sua proposta de preencher as vagas de direção em tais bancos por critérios técnicos e através de um comitê de buscas.

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