Beto Richa: governador percorrerá bairros da capital| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

29/09

Segunda-feira é a data prevista de divulgação da próxima pesquisa de intenção de votos no Paraná, feita pelo Ibope. Os números do Datafolha saem na quinta-feira.

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30/09

Terça-feira é a data do último debate entre os candidatos ao governo do estado. Quem promove o encontro é a RPC TV.

02/10

Quinta-feira é o último dia do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão. É também a data do debate da TV Globo entre os presidenciáveis.

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4/10

Duas pesquisas de intenção de voto para o governo do estado saem um dia antes das eleições. Uma do Ibope e outra Datafolha.

Roberto Requião: senador aposta no segundo turno
Gleisi Hoffmann: petista deve caminhar com Gustavo Fruet

A campanha eleitoral deste ano, iniciada em 6 de julho, entra em sua última e decisiva semana. A história política brasileira mostra que a reta final costuma trazer uma disputa à parte, com estratégias próprias, criadas para um período em que a eleição atinge seu ponto máximo de ebulição.

No Paraná, os três principais candidatos ao governo do estado irão utilizar táticas semelhantes na semana derradeira. O governador Beto Richa (PSDB) se licencia do cargo nesta segunda-feira para se dedicar à campanha. Nessa última semana, ele deve concentrar esforços em Curitiba e municípios da região metropolitana.

Richa mantém a campanha casada com a do senador Alvaro Dias (PSDB) e de deputados estaduais e federais puxadores de voto – sendo o principal deles Ratinho Júnior (PSC), que concorre a uma vaga na Assembleia. A estratégia de encontros com lideranças evangélicas e comunitárias deve se repetir. Na terça-feira, Richa dá uma trégua na campanha de rua para se preparar para o debate na RPC TV. O governador irá continuar com as gravações de programas para a rádio e a televisão. O objetivo é que peças inéditas sejam divulgadas até o último dia de propaganda eleitoral, na quarta-feira.

O senador Roberto Re­­quião (PMDB) também irá con­­centrar as atividades em Curitiba. Na primeira fase da campanha, o peemedebista priorizou o interior do estado, visitando associações, lideranças comunitárias e dando entrevistas para rádios e jornais locais. Nos últimos dias, porém, o senador intensificou a campanha em Curitiba e região, onde tradicionalmente é bem votado.

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Requião deverá ter a seu lado os candidatos a deputado federal João Arruda, Ra­­fael Greca e Rodrigo Rocha Loures. O candidato ao Sena­­do, Marcelo Almeida, e o filho do senador, Maurício, can­­didato à Assembleia Le­­gislativa, têm sido presença constante ao lado do peemedebista. Requião também aposta no programa eleitoral como forma de levá-lo ao segundo turno. Ele tem prometido uma "bomba" que atingiria Beto Richa.

Já a Gleisi Hoffmann (PT) deve dividir a campanha na capital e região com alguns eventos no interior. A campanha de Gleisi promete esforço concentrado nos últimos dias. A agenda da petista tem sido uma das mais apertadas, com diversos eventos e visitas a cidades diferentes em um mesmo dia. Em Curitiba, Gleisi espera caminhar com o prefeito Gustavo Fruet (PDT). Interlocutores petistas aguardam uma dedicação maior do pedetista no apoio a Gleisi.

Marido de Gleisi e um dos coordenadores de sua cam­­panha, o ministro das Comunicações, Paulo Ber­­nardo, diz que o horário elei­­toral petista não trará ne­­nhuma "bala de prata" con­­tra o governador. Para o último debate na televisão, na terça-feira, Gleisi deve levantar o tom também contra Requião.

História mostra que viradas de última hora podem acontecer

Exemplos de grandes mudanças no quadro a poucos dias da eleição não faltam. Nacionalmente, um dos casos mais lembrados é a definição dos dois candidatos que disputariam o 2.º turno nas eleições presidenciais de 1989. Fernando Collor (do extinto PRN) liderava as pesquisas de intenção de voto, com Leonel Brizola (PDT) e Lula (PT) disputando a segunda colocação. Brizola tinha vantagem, mas a candidatura do petista crescia diariamente. No final, Lula acabou ficando com o segundo lugar com diferença de cerca de 400 mil votos sobre o pedetista.

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Outro exemplo de virada é a vitória da petista Luiza Erundina na eleição para a prefeitura de São Paulo em 1988. Paulo Maluf (PP) aparecia melhor colocado em todas as pesquisas. O número de indecisos, no entanto, era alto e poderia mudar a disputa. Com as urnas abertas, Erundina sagrou-se vencedora com uma diferença de 270 mil votos sobre Maluf.

Em Curitiba, na última eleição para prefeito, em 2012 até pesquisas de boca de urna tiravam Gustavo Fruet (PDT) do segundo turno. Fruet, no entanto, superou o então prefeito Luciano Ducci (PSB) por cerca de 4 mil votos e foi ao segundo turno.