O mercado financeiro prevê que o próximo governo terá de elevar a Selic mais cedo do que se imaginava até a semana passada. A perspectiva dos economistas consultados pelo Banco Central no relatório de mercado Focus é de que a taxa terá de passar dos atuais 11% ao ano para 11,5% já em março de 2015.
Até o levantamento anterior, esse patamar só seria alcançado em setembro, com a primeira elevação promovida em julho (11,25%) e ampliada em mais 0,25 ponto porcentual na reunião seguinte do Comitê de Política Monetária (Copom). Pelo novo cenário, a Selic avançará para 11,75% já no encontro de abril do ano que vem. Para junho, que é quando a diretoria do BC voltará a se reunir para definir o rumo da taxa básica, há uma divisão entre os participantes do levantamento, já que a taxa apontada é de 11,88%.
Como o Copom apenas promove alterações de magnitudes múltiplas de 0,25 ponto porcentual a cada vez, essa mediana revela que uma parte dos entrevistado prevê estabilidade nesse mês, enquanto outra parte aposta numa nova elevação, para 12% ao ano.
De qualquer forma, é certo entre os analistas consultados pela Focus que a Selic chegará a seu auge de 12% em julho do ano que vem. Esse nível, pela pesquisa, deverá ser mantido no mês de setembro. A partir daí é aguardada uma baixa dos juros, que devem ficar em 11,75% em outubro. Já para novembro, é esperado um novo soluço da taxa (11,88%).
A Focus mostra ainda que o quadro dos analistas é de que em janeiro de 2016 estará em 11,75% e cairá para 11,25% ao ano na reunião do Copom de fevereiro. Em março do mesmo ano, último prazo disponível no site do Banco Central, a Selic voltaria para o patamar atual, de 11% ao ano, segundo a pesquisa.
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