O PSDB ingressou nesta quinta-feira (31) com pedido para a PGR (Procuradoria Geral da República) no Distrito Federal investigar a participação de sete ministros do governo que acompanharam a presidente Dilma Rousseff em evento de campanha realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) nesta quarta (30).

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Na ação, os tucanos afirmam que Dilma cometeu ato de improbidade administrativa ao levar ministros, no horário de expediente, em um ato que é de sua campanha à reeleição.

A representação foi elaborada pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), coordenador jurídico da campanha do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência. Na representação, o PSDB afirma que houve crime de improbidade porque a legislação brasileira veda a participação de servidores públicos em atos de campanha no horário de expediente.

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"Entendemos que essa atitude constitui ato de improbidade administrativa por permitir a utilização de trabalho de servidor público para atender interesses particulares, nos termos da Lei 8.429/92, que pune os atos praticados por servidores públicos que causem danos ao erário", afirma a ação.

No texto, os tucanos ainda argumentam que o conceito de servidor público previsto pela lei de improbidade administrativa atinge "pessoas que exercem cargos de primeiro escalão do governo federal. "Esperamos uma atuação firme do Ministério Público com o objetivo de resgatar a moralidade no trato da coisa pública pelo Governo Federal", afirmou Sampaio.

No total, sete ministros de Estado deixaram o expediente nesta quarta (30) para acompanhar a presidente Dilma Rousseff no evento da CNI. Na plateia da sabatina realizada entre os presidenciáveis, estavam Aloizio Mercadante (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda), Mauro Borges (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Thomas Traumann (Comunicação Social), Garibaldi Alves (Previdência Social), Clelio Campolina (Ciência e Tecnologia) e Guilherme Afif (Micro e Pequena Empresa). O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, também acompanhou a fala da presidente, em Brasília.

A AGU (Advocacia-Geral da União) diz que a participação de ministros em atos de campanha no horário de expediente não é um problema, desde que não prejudique o "exercício de suas funções".

Já Dilma, no entendimento da AGU, está liberada para fazer campanha durante a semana e em horário comercial. O PT, porém, deve pagar as despesas com deslocamentos.Segundo a CNI, todos os ministros de Estado foram convidados, bem como outras autoridades - argumento também usado pelos ministros para comparecer. Eles só chegaram por volta das 15h, horário previsto para a participação de Dilma.

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