Nas eleições deste ano, 762 municípios brasileiros, entre eles 15 capitais, usarão a biometria nas urnas eletrônicas para identificar os eleitores. Ao todo, 21,6 milhões de pessoas serão identificadas pelo método, o que significa 15% do total de eleitores do país. Como as impressões digitais são únicas e a comparação na base de dados é feita por um programa de computador, a biometria é considerada um processo seguro.
O professor Pedro Antonio Dourado de Rezende, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Brasília, no entanto, é um crítico do sistema. "Qualquer método de identificação biométrica será baseado em alguma técnica probabilística, envolvendo reconhecimento aproximado de padrões entre um padrão cadastrado e um apresentado, e, por isso, será sempre sujeito a erros. Usado em larga escala, como em nosso processo de votação, esses erros se tornam inevitáveis, e com porcentagem de ocorrências previsível", diz o professor.
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