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| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O tema mobilidade urbana tem sido debatido com frequência durante a campanha eleitoral para prefeitura de Curitiba. Os assuntos ao redor deste tema têm focado no transporte público da capital. Outro ponto, no entanto, tem sido proposto pelo candidato Ney Leprevost (PSD): melhorar a chamada onda verde e sincronização dos semáforos.

O problema é que o candidato tem proposto a implantação delas em regiões onde já há os dois instrumentos, como a Linha Verde, na Avenida Visconde de Guarapuava, Rua Silva Jardim e vias rápidas. A informação foi confirmada pelo setor de gerenciamento de tráfego.

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“Em nosso governo, vamos exigir a implantação de semáforos inteligentes, sendo obrigatória a integração com os sistemas atuais da URBS, inclusive com o CCO - Centro de Controle Operacional, tornando assim o trânsito melhor e mais inteligente”, sugeriu, por nota, a campanha do candidato Leprevost.

Tanto a onda verde como a sincronização dos semáforos já são usados pela atual gestão da prefeitura em um centro de controle localizado na Urbanização de Curitiba. Lá, funcionários da Secretaria de Trânsito de Curitiba e da Urbs trabalham em tempo real com controle de 1.260 cruzamentos existentes na capital. Deste total, 882 são sincronizados.

O que seria possível fazer, como propõe o candidato, é ter mais cruzamentos ligados com a central na Urbs e, assim, poder usar mais ondas verdes em outros locais. Mesmo assim, os principais locais com tráfego alto na capital já possuem os dois recursos.

O que são onda verde e sincronização de semáforos

Apesar de tratadas como se fossem um instrumento para o trânsito, a onda verde e sincronização de sinaleiros são duas ferramentas diferentes. Sozinhas, no entanto, não conseguirão melhorar o tráfego da capital.

Segundo o gerente do planejamento de operações de trânsito da capital, Pedro Darci, sincronizar sinaleiros significa ligá-los ao controle do tráfego. A onda verde só pode ser usada nestes sincronizados. Ela é uma estratégia de liberação sequencial dos sinais. Na área central, por exemplo, cada sinal verde dura entre 60 e 90 segundos. Há 16 planos envolvendo estes sinais.

Ele ressaltou, usando como exemplo a Avenida Visconde de Guarapuava, que é preciso continuar pensando em diminuir o número de carros nas ruas, como investir no transporte público, bike, entre outros modais.

Naquela região, lembrou Darci, a abertura dos sinais em sequencia é usada diariamente, mas acaba interferindo nas transversais, que nunca poderão ter, por óbvio, onda verde, enquanto a principal, a Visconde de Guarapuava, receber a estratégia.

É uma espécie de síndrome do cobertor curto. Enquanto o centro agiliza as grandes vias, as transversais sofrerão a consequência.

Segundo a campanha do candidato do PSD, caso ele seja eleito, serão identificados locais com mais acidentes e fluxo de trânsito. “Nesses pontos, será ampliado o número de semáforos para tentar resolver esses problemas”, explicou a nota.

A assessoria também mencionou a necessidade de priorizar vias com mais fluxo e os eixos de transporte coletivo.

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