O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (15) que o Brasil irá erradicar a miséria nos próximos cinco anos. Em viagem oficial ao Espírito Santo, onde visitará o primeiro poço de petróleo do pré-sal a produzir definitivamente, Lula disse que, em 2015, "o país terá pobres, mas não terá miseráveis".

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"Esse país vai cumprir as metas do milênio em 2015. Ou seja, esse país terá pobre, mas não terá miserável. Todo mundo vai tomar café da manhã, almoçar e jantar. E todo mundo vai ter escola de qualidade e ensino de qualidade", afirmou Lula, durante entrevista à rádio Litoral FM.

Para o presidente, as políticas sociais desenvolvidas pelo governo mostram que é muito "barato" e "fácil" cuidar dos pobres: "Com pouca coisa você resolve um problema crucial [do pobre]. Quando criamos o Bolsa Família, teve um setor que dizia que a gente tava dando esmola. Obviamente que para um cidadão que pode entra no bar mais chique de Vitória (ES), tomar quatro doses de uísque e dar R$ 100 de gorjeta, é esmola mesmo R$ 85. Agora, para uma mãe de família, quem tem dois filhos, que não tem o leite para tomar de dia, pegar R$ 85 e ir no mercado comprar comida para os filhos, é mais do que esmola, é política de transferência de renda."

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Questionado se iria continuar na política após deixar o governo, Lula disse que ser político e torneiro mecânico foram as "únicas coisas" que aprendeu a ser na vida. O presidente afirmou, no entanto, que não irá mais para "reuniões malditas" dos tempos de sindicalismo "em que nada era decidido". Lula afirmou que irá viajar o país e o mundo para levar o modelo de políticas sociais do Brasil a outras nações: "Quero continuar viajando o Brasil, quero continuar viajando o mundo. Tenho vontade de partilhar com África, com a América Latina, com a América Central [as políticas sociais do Brasil]."

"Vamos ganhar as eleições"

Ao comentar a relação do governo federal com os estados, Lula não perdeu a oportunidade de alfinetar o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, afirmando que irá ganhar as eleições de outubro mesmo tendo ajudado financeiramente o Governo de São Paulo, então comandado pelo tucano, no episódio da compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil.

"Serra pegou R$ 6 bilhões. Me diziam 'Lula, você é louco, vai dar R$ 6 bilhões para o Serra, você é louco de comprar a Caixa Econômica Estadual, ele é adversário'. Eu falava 'não estou preocupado com eleições, eu estou preocupado que eu quero salvar o Banco do Brasil'. E daí? Com todo o dinheiro que compramos ainda vamos ganhar as eleições", declarou Lula.

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