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A Companhia de Informática do Paraná (Celepar) deverá justificar a demissão de quatro funcionários concursados, ocorrida na virada do ano, em uma audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT) na sexta-feira (13). Em reunião de mediação na segunda-feira (9), o Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação (SINDPD-PR) alegou que faltou consistência às justificativas verbais apresentadas pela empresa por conta dos desligamentos.

Os quatro servidores de carreira foram demitidos no dia 2 de janeiro, logo após a virada de ano. Três dos trabalhadores moviam ações contra a empresa. Os afastamentos não foram precedidos de processos administrativos e não apresentaram razões para configurar justa causa. Os trabalhadores moviam uma ação contra a empresa devido à implantação, em setembro do ano passado, de um Plano de Cargos e Salários (PCS).

Segundo o sindicato, um dos trabalhadores havia sido requisitado para prestação de serviços no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no dia 16 de dezembro. A Celepar recusou a transferência e demitiu o funcionário sem justa causa. Em outro caso, o trabalhador demitido havia sido homenageado no final do ano pela secretaria de planejamento por causa do desenvolvimento de um sistema inovador para a gestão de contas públicas.

Imbróglio

De acordo com Valquíria Lizete da Silva , diretora do Sindicato, 145 servidores da Celepar entraram na Justiça no mês passado contra o PCS e acredita que as demissões dos quatro servidores sejam uma forma de intimidar o grupo de trabalhadores. "O que nós estamos detectando é que as demissões são totalmente arbitrárias, porque eles estavam com ações contra a empresa. Estamos vendo como uma perseguição política."

Segundo ela, três dos quatro trabalhadores tinham ações contra a Celepar: dois devido ao reenquadramento do PCS e um, por assédio moral. "A um deles não foi nem justificado o motivo. Simplesmente demitiram."

A Celepar foi procurada para comentar o assunto, mas a assessoria de imprensa informou que a direção da companhia não iria se pronunciar sobre o assunto, por enquanto.

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