O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró pretende informar no seu processo de delação premiada que o senador Delcídio Amaral (PT) teria recebido suborno de US$ 10 milhões da Alston, quando era diretor de Óleo e Gás da Petrobras, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
FHC respondeu nesta quarta-feira (9), em sua página no Facebook, às acusações do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. “Se houve algo durante o meu governo, foi conduta imprópria do Delcídio, não corrupção organizada, como agora. Dele nada se sabia, tanto que em 2001 foi aceito pelo PT, e se elegeu Senador, depois foi candidato a governador do Mato Grosso do Sul. Derrotado pelo PSDB, virou líder da Dilma, sem que suspeitas fossem levantadas. Espero que as investigações se aprofundem e que se comprovado o fato, todos sejam punidos”, afirmou FHC.
FHC: "Se houve algo, durante o meu governo, foi conduta imprópria do Delcidio, não corrupção organizada, como agora....
Posted by Fernando Henrique Cardoso on Quarta, 9 de dezembro de 2015
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Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo em sua edição do último dia 27, na conversa gravada por Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, o senador, preso pela Polícia Federal, conta que, em um dos encontros com o banqueiro André Esteves, também preso, viu uma anotação manuscrita com o nome dele e o da empresa multinacional francesa Alstom na última página do acordo de delação de Nestor Cerveró, obtido pelo dono do BTG Pactual.
No diálogo, Delcídio demonstra surpresa e preocupação por ter se deparado com o manuscrito. O senador já foi citado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como sendo destinatário de propinas da Alstom no período em que foi diretor de Gás e Energia da estatal, entre 1999 e 2001, no governo de FHC.
A defesa de Delcídio não se manifestou.
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