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O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado no julgamento do mensalão, prestou depoimento na manhã desta sexta-feira (1º) na Superintendência da Polícia Federal em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Segundo o advogado de Valério, Marcelo Leonardo, o empresário negou a autoria de uma lista com nomes de supostos beneficiários de repasses de recursos que seriam provenientes de caixa dois da campanha derrotada à reeleição do hoje deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), em 1998. A lista cita o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

O esquema de financiamento da campanha do tucano é investigado no processo do chamado "mensalão mineiro".

A lista foi publicada no ano passado pela revista Carta Capital. À época, Mendes negou envolvimento com o caso.

Valério foi ouvido pela PF como testemunha - no documento constava uma assinatura que supostamente era sua. O advogado do empresário disse que, durante depoimento de cerca de uma hora, ele afirmou que o conteúdo da lista é falso e que não produziu nem assinou os papéis.

"Isso tem característica de listas falsas que foram feitas em Minas Gerais por um cidadão que já respondeu a vários processos por falsificação, Nilton Monteiro", afirmou Leonardo.

A lista foi encaminhada à PF pelo advogado do lobista Nilton Monteiro. Ele é o responsável pela divulgação da "lista de Furnas", documento com nomes de 156 políticos que supostamente teriam recebido dinheiro da estatal federal Furnas Centrais Elétricas para suas campanhas eleitorais em 2002, o que é ilegal. A autenticidade da lista, porém, nunca foi comprovada de forma definitiva.

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