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Dilma e Lula, no comício do Rio: chuva afastou a população, mas não impediu Lula de reclamar dos órgãos de fiscalização | Arquivo/ Gazeta do Povo
Dilma e Lula, no comício do Rio: chuva afastou a população, mas não impediu Lula de reclamar dos órgãos de fiscalização| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo

Atraso de licenças

Petista critica governo de SP

Folhapress

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou governo de São Paulo, comandado pelo PSDB, por atrasar as licenças ambientais para a liberação de obras, inclusive as da União. Ao inaugurar ontem um conjunto habitacional em Diadema, região metropolitana de São Paulo, ele pediu que os prefeitos "partam para a briga" para conseguir a autorização para as obras.

"Não é apenas em Diadema que as licenças não saem. Em vários lugares deste estado me parece que tem uma pessoa que não sei quem é, que cria dificuldades para dar as licenças ambientais para a gente fazer as coisas. É importante que os prefeitos partam para a briga", disse.

Lula subiu o tom ao criticar os órgãos responsáveis pelo licenciamento no estado. "Nossa passagem pela Terra é curta. E a gente não pode ficar a vida inteira esperando a vontade de um burocrata que tá com a bunda na cadeira".

Num comício esvaziado no centro do Rio de Janeiro devido a uma forte chuva, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou ontem para apenas mil pessoas, segundo cálculos da PM. Era o primeiro dos comícios eleitorais que Lula pretende fazer para tentrar transferir votos à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. O objetivo, frustrado pelo temporal, era mostrar força política e a popularidade de Dilma. Mas o discurso acabou se transformando em um ataque de Lula ao Ministério Público Eleitoral (MPE), que tenta fazer com que o presidente cumpra a legislação das eleições.No palanque, Lula atacou a vice-procuradora geral eleitoral, Sandra Cureau, sem citá-la. Anteontem, ela havia anunciado que estuda uma ação de investigação sobre o presidente, que enalteceu a candidata Dilma no lançamento do edital do trem-bala entre o Rio e São Paulo.

O presidente disse que há uma tentativa de impedir que ele participe das eleições e ajude a eleger a candidata do PT à Presidência. "Há uma premeditação de me tirarem da campanha política para não permitir que eu ajude a companheira Dilma a ser a presidenta da República", disse Lula. "Na verdade, o que eles querem é me inibir para fingir que eu não conheço a Dilma. É como se eu pudesse passar perto dela... Tem uma procuradora qualquer aí... e eu passar de costas viradas e fingir que não a conheço. Mas eu não sou homem de duas caras. Eu passo perto dela e digo para vocês que é a minha companheira Dilma."

Ponto alto

O discurso de Lula foi o ponto alto do comício. Ele foi mais aplaudido do que a ministra. Dilma, por sua vez, citou o fato de ser mulher como "qualidade" para chegar à Presidência. "Eu não posso errar. A primeira mulher presidente da República tem que honrar todas as mulheres (...), O nosso povo sabe que vamos governar para eles. Porque nós não somos aqueles que acreditam que vão governar sozinhos."

Ao lado do seu candidato a vice, o deputado federal Michel Temer (PMDB), Dilma aproveitou o discurso para atacar o vice na chapa tucana, o pouco conhecido deputado federal Índio da Costa (DEM-RJ). "O meu vice não caiu do céu, não é um vice improvisado."

Caminhada

Antes do discurso, quando ainda não chovia forte, membros do PT e dos partidos que apoiam Dilma fizeram uma caminhada pelas ruas do centro do Rio. Cerca de 15 mil pessoas participaram da passeata.

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