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Em greve de fome em protesto às denúncias de irregularidades na arrecadação de recursos para a sua pré-campanha, o pré-candidato à Presidência pelo PMDB, Anthony Garotinho, foi submetido nesta segunda-feira a um exame de eletrocardiograma na sede do partido, no Centro do Rio. O exame aconteceu 16 horas depois que ele iniciou a greve de fome.

A governadora Rosinha Matheus chegou por volta das 11h30 acompanhada por três filhos e um grupo de seguranças. Correligionários do PMDB não estão permitindo mais que as pessoas entrem na sala onde está o ex-governador, que poderá ser visto apenas através de um vidro na porta. Um livro foi colocado na portaria da sede do partido para que as pessoas possam assinar em apoio ao político.

Até o momento, 34 pessoas assinaram o documento. A lista foi aberta por Rosinha e a filha do casal, Clarissa Matheus.O candidato derrotado à Prefeitura de Campos, Geraldo Pudim, está no diretório do partido para dar apoio a Garotinho.

A filha do ex-governador, Clarissa Matheus, também está no diretório. Garotinho está sendo acompanhado pelo médico Abdo Neme. A assessoria de imprensa de Garotinho informou que já enviou a carta de seu protesto para a Organização dos Estados Americanos (OEA). Garotinho quer uma supervisão internacional no processo político eleitoral brasileiro e pede ainda igualdade no tratamento em relação aos demais candidatos.

Garotinho escolheu a sede do partido no Rio como endereço de sua greve de fome, anunciada no domingo.

Reportagem de capa da revista "Veja", que chegou às bancas neste fim de semana, adiciona algumas novidades à lista de supostas irregularidades denunciadas na prestação de contas de Garotinho. Além dos problemas com doadores de campanha, como o de empresários que doaram dinheiro e são diretores de ONGs que receberam cerca de R$ 112 milhões do Governo do Estado, a reportagem também identifica problemas com os fornecedores.

Na última sexta-feira, o peemedebista garantiu, em discurso e em entrevista, que as denúncias não fazem sentido e disse que não desistirá da candidatura:

- O processo foi legal e colocado na internet para a população acompanhar. Eu queria que o Lula seguisse o meu exemplo e dissesse meu filho (Lulinha), devolve aqueles R$10 milhões da Telemar que não podia ter recebido.

Na ocasião, Garotinho também chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de covarde.

- Eu poderia fazer como o Lula, atual presidente da República faz, e dizer: eu não sabia de nada. Só que eu sou homem e não sou covarde - declarou.

O ex-governador do Rio alegou que os recursos recebidos por sua pré-campanha serão devolvidos "por questão ética, apesar de estar tudo dentro da lei". Os sócios de empresas que doaram dinheiro para a pré-campanha de Garotinho também fazem parte do quadro de diretoria de entidades sem fins lucrativos que receberam R$ 254 milhões do governo Rosinha para supostos serviços ao estado, como mostraram reportagens do jornal "O Globo".

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