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Num evento marcado por ataques indiretos ao PT e à pré-candidata do Partido à Presidência da República, Dilma Rousseff, o PSDB reuniu sua cúpula neste sábado em São Paulo para lançar a pré-candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin ao Palácio dos Bandeirantes. O evento teve a presença do pré-candidato ao Palácio do Planalto, José Serra, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidente nacional do partido, Sérgio Guerra (PE).

Penúltimo a discursar, Serra afirmou sem citar o nome de sua adversária na disputa presidencial que um governo "não é curso de madureza (curso lançado nos anos 60 que foi transformado no supletivo)". Dilma é criticada pela oposição por nunca ter disputado uma eleição.

Antes de Serra, o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), pré-candidato ao Senado na chapa de Alckmin, disse que "não é hora de improvisar". "Não se pode colocar na Presidência alguém que pode ser boa pessoa, mas não tem experiência, não passou por nenhuma eleição. O alpinismo não começa pela maior montanha do mundo, mas pela menor", disse o peemedebista.

Em outra crítica ao PT, Serra afirmou que é importante "não governar para um partido, nem para dois ou três". Ele afirmou ainda que "nossa luta não é para fortalecer um partido, mas para fortalecer um país". "Não demonizamos a oposição, não praticamos a truculência, não organizamos dossiês. Tratamos a oposição como uma força que tem legitimidade", disse.

Utilizando o slogan "o Brasil pode mais", o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou diversas vezes que o PSDB governará com decência. "Vamos assegurar um caminho para o futuro ou então sabe Deus que caminho vamos ter com a inexperiência que vem pela frente, com esse passado tão cheio de compromisso com o que há de pior em matéria de falta de civilidade."

FHC disse ainda que "eles falam, nós fazemos" e criticou o discurso do governo federal sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais vitrines da gestão Lula e da pré-campanha de Dilma. "Não é só ficar falando PAC, PAC, PAC e não acontece nada. É só projeto."

Ele citou ainda realizações de tucanos e aliados, como Mário Covas, Quércia e Alckmin, em São Paulo. "Basta ver a marginal, o Rodanel e quantas linhas de metrô. O Brasil precisa fazer isso com lisura, sem parecer ‘moleque’, sem falsos leilões, sem interrupções."

Alckmin evitou ataques duros aos adversários. A maior crítica foi feita quando ele relatava que sentia o apoio e a confiança dos eleitores. "Sinto que essa confiança não é fabricada por propaganda de televisão, promessas, planos mirabolantes e melhorar tudo para todos de uma hora para outra, como se para isso bastasse um gesto mágico, uma varinha de condão."

Pré-candidato ao Senado na chapa de Alckmin, o ex-secretário da Casa Civil de São Paulo Aloysio Nunes, pregou um voto antipetista. "Com Serra, colocaremos fim ao ciclo petista na Presidência da República. Chega, basta. É preciso arejar", disse.

No evento, tucanos e aliados procuraram destacar a liderança feminina na política. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), citou Lu Alckmin, mulher de Alckmin, e a vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antônio, para afagar o público feminino. "Vamos mostrar que as mulheres têm sido fundamentais nessa jornada", disse Kassab.

O prefeito, que derrotou Alckmin nas eleições de 2008 para a Prefeitura de São Paulo, fez elogios ao ex-adversário, a quem chamou de "homem sério e preparado". "Alckmin, sempre estivemos a seu lado. Você conseguirá se superar fazendo um governo melhor do que fez."

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