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Imagem de campanha fora do período eleitoral: Dilma abraça crianças em visita a Minas Gerais | Roberto Stuckert Filho/Presidência
Imagem de campanha fora do período eleitoral: Dilma abraça crianças em visita a Minas Gerais| Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência

Pesquisa

Presidente venceria no 1.º turno nos principais cenários, mostra Ibope

Agência Estado

Pesquisa Ibope sobre a sucessão presidencial divulgada ontem mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT) venceria no primeiro turno se as eleições fossem hoje. A presidente sairia vitoriosa inclusive em uma disputa com Marina Silva (PSB). Em três dos quatro cenários avaliados pelo instituto, Dilma tem entre 39% e 41% das intenções de voto, mais do que a soma das preferências pelos adversários. Em apenas um dos cenários, com Serra e Marina na disputa, a petista não supera a soma dos adversários.

No cenário visto hoje como mais provável para 2014 – Dilma contra Aécio Neves (PSB) e Eduardo Campos (PSB) – , a presidente teria 41%. O tucano ficaria com 14%. E Campos atingiria apenas 10%. Com Marina no lugar de Campos, ela teria mais que o dobro dos votos dele, chegando a 21%. Mas Dilma praticamente não perderia eleitores: teria 39%. O mesmo aconteceria com Aécio, que passaria de 14% para 13%.

Se os concorrentes fossem Dilma, José Serra (PSDB) e Campos, eles teriam 40%, 18% e 10%, respectivamente. A vantagem da petista sobre a soma dos adversários, nesse caso, seria de 12 pontos porcentuais. A presidente aparece com 39% quando os adversários são Marina (21%) e Serra (16%). Nesse último cenário, a presidente estaria em situação de empate técnico com a soma das intenções de voto dos outros dois candidatos (37%) – o que poderia levar a eleição para o segundo turno.

Em um eventual segundo turno, Dilma venceria todos os adversários. Contra Marina, a presidente venceria por 42% a 29%. Com Campos na disputa, a petista teria vantagem de 27 pontos porcentuais, vencendo por 45% a 18%. A distância seria similar, de 28 pontos, se Aécio (19%) participasse hoje de uma disputa direta contra a presidente (47%). Uma repetição do segundo turno de 2010, com Dilma e Serra, terminaria com a vitória da presidente por 44% a 23%.

O PT comemorou o resultado do Ibope, afirmando que a sociedade brasileira quer a reeleição da presidente Dilma Rousseff. O PSB informou que Campos foi o único pré-candidato a crescer 150%. Já o PSDB afirmou que é preciso mudar a estratégia de campanha para forçar o segundo turno na eleição presidencial de 2014.

O Ibope ouviu 2.002 eleitores em 143 municípios entre os dias 17 e 21 de outubro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

4 viagens ao Paraná foram feitas por Dilma só neste ano.

  • 41%das intenções de voto dos eleitores são da presidente Dilma Rousseff (PT)
  • 14%dos brasileiros votariam em Aécio Neves (PSDB) se a eleição fosse hoje
  • 10%dos eleitores optariam por Eduardo Campos (PSB) se tivessem de ir hoje às urnas

Após ter visto sua popularidade despencar devido às manifestações de junho, a presidente Dilma Rousseff pôs o pé na estrada, intensificou as visitas a estados governados pela oposição e anunciou mais investimentos. Também lançou programas para a população mais carente (como o Mais Médicos), passou a dar mais entrevistas e retomou as postagens nas redes sociais. E até mesmo mudou o horário de seus pronunciamentos na televisão para aproveitar a audiência da novela das 21 horas. A estratégia, que o governo nega que seja eleitoral, vem dando certo. Pesquisa Ibope divulgada ontem mostra que Dilma retomou uma folgada vantagem em relação a seus principais adversários para a eleição de 2014.

Uma das principais mudanças no estilo da presidente nos últimos meses foi a intensificação da visita a estados governados pela oposição. Na quarta-feira, por exemplo, Dilma esteve em Belo Horizonte – na oitava viagem em menos de três meses ao reduto político de Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência. Ontem, a presidente ainda se comprometeu a voltar à cidade "daqui a uns dias" para anunciar novos investimentos.

Um dos temas mais destacados ontem pela presidente em entrevista a uma rádio local de Minas – algo que tem sido mais frequente – foram os investimentos em mobilidade urbana, o estopim das manifestações de junho. Segundo ela, sua gestão já investiu R$ 90 bilhões no setor. E outros R$ 50 bilhões estão assegurados. Dilma ainda fez questão de destacar que o governo está cumprindo os pactos que propôs para atender aos anseios das ruas.

Na agenda de anúncio de bondades, a presidente ainda se comprometeu ontem a liberar R$ 13,5 bilhões para obras de saneamento e anunciou o lançamento de um portal na internet para simplificar os processos de abertura e fechamento de empresas no país, que seria reduzido para apenas cinco dias.

Dilma também voltou a tocar ontem em um assunto que, segundo avaliações do Planalto, a ajudou a recuperar a popularidade: a espionagem dos EUA, da qual ela mesma teria sido vítima. A presidente propôs que o Brasil seja sede, em abril de 2014, de um fórum mundial para coibir a espionagem digital.

Chamou ainda a atenção nesta semana a mudança do horário dos pronunciamentos de Dilma em cadeia de rádio e televisão. Tradicionalmente, a fala presidencial ocorria antes do início do Jornal Nacional da Rede Globo. Porém, na segunda-feira, por orientação do marqueteiro João Santana, a cadeia nacional foi convocada para depois do noticiário e antes da novela Amor à Vida – horário de maior Ibope da tevê brasileira. A presidente falou sobre o leilão do pré-sal.

A convocação de cadeia nacional para pronunciamentos também é outra estratégia para ficar mais perto da população. Durante seu mandato, Dilma apareceu em cadeia nacional por 16 vezes – um recorde se comparado com a média dos ex-presidentes Lula e FHC.

Bate-cabeça

Enquanto isso, os oposicionistas nem mesmo se entendem sobre as viagens da presidente. Após a visita de quarta-feira a Belo Horizonte, o PSDB divulgou nota criticando a agenda da petista, considerada "vergonhosa" e eleitoreira. Já o governador de Minas, Antônio Anastasia (PSDB), disse considerar normal essas viagens. "A presidente da República está no uso da sua função institucional de visitar os estados."

Presidente deve visitar Foz na terça-feira

Angieli Maros

A presidente Dilma Rousseff (PT) deve visitar o Paraná na próxima terça-feira. A informação é do deputado federal André Vargas (PT-PR). A assessoria de imprensa da Presidência não confirmou a viagem, mas reconheceu que existe a possibilidade da visita ao estado.

Segundo o Planalto, caso a viagem seja confirmada, Dilma visitaria Foz do Iguaçu, onde participaria da inauguração de obras no aeroporto internacional. A presidente também faria inaugurações na Usina Hidrelétrica de Itaipu. Há ainda a possibilidade de que a presidente passe por Curitiba, mas o Planalto não adiantou qual seria o compromisso de Dilma na capital. Nos bastidores, especula-se que a presidente poderia aproveitar para anunciar investimentos em obras de mobilidade na capital paranaense.

Somente em 2013, a presidente já esteve outras quatro vezes no Paraná – estado governado pelo PSDB e que, na eleição presidencial de 2010, deu mais votos ao candidato tucano José Serra do que a Dilma.

Em fevereiro, ela esteve em Arapongas e Cascavel, onde anunciou investimentos e programas voltados à agropecuária. Em junho, o município visitado foi Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba – onde participou de um evento do PT para comemorar os dez anos do partido na Presidência da República. Cerca de um mês depois, Dilma esteve em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, para entregar casas populares do programa Minha Casa, Minha Vida. A última visita foi no início deste mês, em Campo Mourão, onde inaugurou um trecho de 18,7 quilômetros da BR-487 (a Estrada da Boiadeira) e entregou 179 máquinas para municípios.

Candidatos

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