Preso no último dia 26 no Aeroporto Internacional de Guarulhos, o empresário Mariano Marcondes Ferraz pagou fiança de R$ 3 milhões e deixou a cela da Polícia Federal (PF) em Curitiba no fim da tarde desta quinta-feira (3). Ele está proibido de deixar o Brasil. Também não pode mudar de endereço sem aviso prévio à Justiça.
A soltura de Ferraz foi acordada numa audiência de custódia realizada nesta tarde com o juiz Sergio Moro, em Curitiba. A defesa do empresário propôs o pagamento da fiança. O juiz estabeleceu fiança de R$ 3 milhões, equivalente ao valor da propina que o empresário teria pagado ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
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Vinculado aos grupos Trafigura e Decal, o empresário é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro e foi alvo de prisão preventiva. Segundo despacho de Moro, ele teria pagado US$ 868 mil de propina, entre 2011 e 2013, a Costa, decorrente de contratos com a estatal. Os depósitos foram feitos em contas no exterior, em nome de genros do ex-diretor da Petrobras. Delator da Operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa confessou os crimes.
Ferraz tem nacionalidade brasileira e italiana e reside no exterior, onde trabalha. No despacho, Moro afirma que o empresário terá de resolver por “sua conta” a questão do trabalho, pois se permanecesse preso a dificuldade seria ainda maior,.
Casado com a atriz Luiza Valdetaro, Ferraz mora em Londres desde 2015. Ele ficou preso na sede da Polícia Federal de Curitiba e havia prestado depoimento na última segunda-feira (31). Na audiência de custódia com Moro, admitiu ter pagado propinas e se dispôs a colaborar com a Justiça.
A prisão preventiva havia sido decretada pelo juiz Sergio Moro para garantia de aplicação da lei penal. Os procuradores haviam argumentado que, como tem dupla nacionalidade e bastante dinheiro em contas no exterior, poderia deixar o Brasil e não retornar mais.
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