Em entrevista sobre o lançamento de consulta pública para colher sugestões da população sobre medidas de prevenção e combate à corrupção, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, confirmou que não há como impedir a participação de empresas envolvidas na Operação Lava Jato no plano de concessões que será lançado pelo governo nesta terça-feira (9). Estima-se que os valores do plano, que incluirá rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, sejam superiores a R$ 100 bilhões.
- Dilma afirma ser “impossível” estar ligada à Lava Jato
- Morre um dos réus da Operação Lava Jato
A Operação Lava Jato, que investiga principalmente corrupção em contratos na Petrobras, levou a CGU a abrir 29 processos de responsabilização contra várias empresas, entre elas as maiores empreiteiras do país. Mas até a conclusão desses processos, com a eventual declaração de inidoneidade das empresas, não é possível impedi-las de firmarem novos contratos com a administração pública.
“É sabido que parte dessas empresas usualmente são ‘players’ importantes [têm atuação destacada] no âmbito de infraestrutura logística. Algumas delas estão respondendo a processos de improbidade do Ministério Público. Tecnicamente não há impedimento para que participem do processo licitatório. Somente após a conclusão do processo de responsabilização, sendo punidos, é que elas seriam impedidas. Portanto, não há impedimento no momento. O curso do processo ainda vai depender de uma série de questões de coleta de provas, mas é um processo muito mais célere que o processo judicial”, afirmou Simão.
-
Censura clandestina praticada pelo TSE, se confirmada, é motivo para impeachment
-
“Ações censórias e abusivas da Suprema Corte devem chegar ao conhecimento da sociedade”, defendem especialistas
-
Elon Musk diz que Alexandre de Moraes interferiu nas eleições; acompanhe o Sem Rodeios
-
“Para Lula, indígena só serve se estiver segregado e isolado”, dispara deputada Silvia Waiãpi