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Investigação

Empresas de Youssef receberam R$ 90 milhões de empreiteiras da Lava Jato

A suspeita é que o dinheiro possa ser de propinas decorrentes de contratos das empreiteiras com a Petrobras e as empresas do doleiro receberiam o dinheiro para dissimular a origem e fazer repasses para políticos

Equipes de batedores da Polícia Federal, responsáveis pela segurança no transporte de presos até a superintendência da PF em Curitiba | Hugo Harada / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Equipes de batedores da Polícia Federal, responsáveis pela segurança no transporte de presos até a superintendência da PF em Curitiba (Foto: Hugo Harada / Agência de Notícias Gazeta do Povo)
Equipes de batedores da Polícia Federal, responsáveis pela segurança no transporte de presos até a superintendência da PF em Curitiba |

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Equipes de batedores da Polícia Federal, responsáveis pela segurança no transporte de presos até a superintendência da PF em Curitiba

O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, preso na operação desta sexta |

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O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, preso na operação desta sexta

Na coletiva à imprensa (da esquerda par a direita): Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador da República integrante da força-tarefa da Lava Jato; José Washington Luis Santos, delegado regional do Paraná da PF; Igor Romário de Paula, delegado regional de Combate ao Crime Organizado da PF no Paraná; e Gerson Dagord Schan, auditor fiscal e coordenador geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal no Paraná |

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Na coletiva à imprensa (da esquerda par a direita): Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador da República integrante da força-tarefa da Lava Jato; José Washington Luis Santos, delegado regional do Paraná da PF; Igor Romário de Paula, delegado regional de Combate ao Crime Organizado da PF no Paraná; e Gerson Dagord Schan, auditor fiscal e coordenador geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal no Paraná

Sede da PF em Curitiba, onde Youssef está preso: Polícia Federal não confirma nada e tem tratado o caso como

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Sede da PF em Curitiba, onde Youssef está preso: Polícia Federal não confirma nada e tem tratado o caso como

Na coletiva à imprensa (da esquerda par a direita): Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador da República integrante da força-tarefa da Lava Jato; José Washington Luis Santos, delegado regional do Paraná da PF; Igor Romário de Paula, delegado regional de Combate ao Crime Organizado da PF no Paraná; e Gerson Dagord Schan, auditor fiscal e coordenador geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal no Paraná |

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Na coletiva à imprensa (da esquerda par a direita): Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador da República integrante da força-tarefa da Lava Jato; José Washington Luis Santos, delegado regional do Paraná da PF; Igor Romário de Paula, delegado regional de Combate ao Crime Organizado da PF no Paraná; e Gerson Dagord Schan, auditor fiscal e coordenador geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal no Paraná

Polícia Federal dá entrevista em Curitiba sobre a nova fase da Lava Jato. No detalhe, Igor Romário de Paula, delegado regional de Combate ao Crime Organizado da PF no Paraná |

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Polícia Federal dá entrevista em Curitiba sobre a nova fase da Lava Jato. No detalhe, Igor Romário de Paula, delegado regional de Combate ao Crime Organizado da PF no Paraná

Polícia Federal explica a nova fase da Operação Lava Jato |

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Polícia Federal explica a nova fase da Operação Lava Jato

A investigação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná descobriu, na sétima fase da Operação Lava Jato, que as contas bancárias das empresas MO Consultoria e GFD Investimentos, controladas pelo doleiro Alberto Youssef, receberam R$ 90 milhões entre 2009 e 2013. Por meio da quebra de sigilo fiscal, foi identificado que o valor foi depositado pelas empreiteirasMendes Júnior, Engevix, Galvão Engenharia e OAS, cujos dirigentes tiveram prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. A suspeita é que esses R$ 90 milhões possam ser propinas decorrentes de contratos das empreiteiras com a Petrobras e as empresas do doleiro receberiam o dinheiro para dissimular a origem e fazer repasses para políticos. Segundo a investigação, pelo menos sete grandes grupos empresariais mantêm contratos de R$ 59 bilhões atualmente com a estatal.

INFOGRÁFICO: Veja quem foi preso e os números da operação

INFOGRÁFICO: Os números da 7ª fase da Lava Jato

As empresas são suspeitas de montar um cartel para ganhar contratos com a estatal com o compromisso de repassar dinheiro para políticos e diretores da Petrobras. Entre os grupos suspeitos e que sofreram mandados de busca e apreensão nesta sexta estão: Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht, UTC, Queiroz Galvão, Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Iesa.

Na operação desta sexta-feira, foram presas 17 pessoas, entre elas o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, ligado ao PT. Ainda há oito mandados de prisão a ser cumpridos. A maior parte dos mandados é referente a funcionários e executivos de grandes empreiteiras: são 23 casos. Entre os executivos que tiveram a prisão preventiva ou temporária decretada pela Justiça Federal estão presidentes de cinco companhias: da OAS, da Camargo Corrêa Construções, da Iesa Óleo e Gás, da UTC e da Construtora Queiroz Galvão.

Além deles, foram presos ainda dois operadores ligados ao doleiro Alberto Youssef e há um mandado de prisão contra o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como outro operador, ainda não encontrado pela polícia. Ao todo, estão sendo cumpridos 25 mandados de prisão, 49 mandados de busca e 9 mandados de condução coercitiva em 7 estados da federação: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Distrito Federal. A maioria dos trabalhos são feitos pela PF na capital paulista.

No Paraná, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão: um na casa do empresário Valdir Lima Carreiro, presidente da Iesa Óleo & Gás, na região metropolitana de Curitiba, e outro na uma das representações do grupo empresarial no centro da Capital. A PF recolheu documentos e mídias para auxiliar nas investigações. Carreiro também tem um mandado de prisão temporária expedido contra ele, mas o empresário ainda não foi localizado.

A Justiça Federal também determinou o bloqueio de R$ 720 milhões de contas bancárias de 36 suspeitos. Boa parte do dinheiro foi bloqueado das contas de três empresas ligadas a Fernando Baiano e que, segundo a PF, seriam empresas de fachada. De acordo com a PF, as contas das empreiteiras não foram bloqueadas porque as empresas têm muitas obras e isso poderia inclusive prejudicar o pagamento dos trabalhadores. A opção foi por congelar até R$ 20 milhões de cada diretor ou executivo envolvido. Segundo a Polícia Federal informou via Twitter, os envolvidos presos nesta sexta-feira responderão por crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, não há nenhum político entre os suspeitos presos nessa sexta. "Nosso foco agora será a elaboração das denúncias, que devem ser finalizadas até o final da primeira quinzena de dezembro", disse Diogo Castor de Mattos, procurador da República e integrante da força-tarefa do Ministério Público Federal para a Lava Jato.

A PF afirma que a operação dessa sexta-feira é "fruto da análise do material apreendido e dos depoimentos colhidos nas fases anteriores" e que as prisões ainda não têm relação com as delações premiadas feitas por Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa. Porém, os depoimentos que eles deram à Justiça Federal em Curitiba contaram para reunir informações que deflagraram a operação dessa sexta-feira. Os dois personagens centrais da investigação firmaram acordo de delação premiada. Youssef

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