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Luiz Fila, após a agressão de militante pelo passe livre na segunda-feira | Fotos: Allan Costa Pinto/  Tribuna do Paraná
Luiz Fila, após a agressão de militante pelo passe livre na segunda-feira| Foto: Fotos: Allan Costa Pinto/ Tribuna do Paraná
  • Luana Martins (ao centro), que jogou a torta

A quarta sessão da CPI do Transporte Coletivo teve de ser suspensa na tarde de ontem quando uma militante do Movimento Passe Livre de Curitiba (MPL) acertou uma torta no rosto do engenheiro Luiz Fila, gestor do sistema de transporte coletivo da Urbs. A manifestante, identificada como Luana Martins, justificou o ato dizendo ser contra a CPI. Ela foi retirada do plenário da Câmara Municipal por seguranças da Casa. Outros dois membros do movimento, que aplaudiram o ato de Luana, a acompanharam para fora do plenário dizendo se tratar de um direito democrático à livre manifestação.

Pouco mais tarde, na página do Movimento Passe Livre de Curitiba no Facebook, havia mensagens tais como: "CPI que termina em pizza tem que começar com torta"; e "Objetivo atingido". Não é a primeira vez que militantes do movimento da capital paranaense se envolvem em confusão. O Movimento Passe Livre nacional expulsou a subdivisão curitibana da organização devido a uma agressão ocorrida em maio, conforme nota divulgada na internet.

À Gazeta do Povo, Luana admitiu que havia planejado a ação previamente. Ele disse que o objetivo foi mostrar a aversão do movimento à eleição do vereador Jorge Bernardi (PDT) para presidir a CPI. "Quem está coordenando a CPI é um tecnocrata da Urbs, que saiu [da Urbs] para fazer essa comissão, que não vai servir para nada."

Após o incidente, os vereadores membros da CPI se reuniram e decidiram suspender da sessão, que era a segunda com a tomada de depoimentos. Além de Fila, funcionário da Urbs há 27 anos, também haviam sido convidados a depor o engenheiro José Antonio Veloso, representante do Sindicato das Empresas do Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp). Ele nem sequer chegou a falar.

Tanto Fila quanto Veloso devem voltar ao plenário da Câmara na próxima sessão da CPI, marcada para a quinta-feira. Eles devem falar sobre a composição da tarifa de ônibus. O engenheiro da Urbs já havia começado a explicar os itens que pesam no preço da passagem, quando acabou sendo agredido.

O presidente da CPI, Jorge Bernardi, disse que, apesar do ocorrido, a comissão não fará reuniões fechadas ao público. "Todas as ações serão publicizadas", garantiu. Ainda assim, Bernardi afirmou que as próximas sessões terão segurança reforçada e todos que ingressarem ao plenário serão revistados.

Repúdio

A Urbs emitiu uma nota em que repudiou a agressão a Luiz Fila. "Por determinação do prefeito Gustavo Fruet, as ações da Urbs têm sido pautadas pelo diálogo, transparência e respeito. (...) Assim, a Urbs repudia de forma veemente a agressão física e moral à qual seu funcionário foi submetido – no exercício de seu trabalho, prestando esclarecimentos de interesse público", diz a nota.

A empresa que gerencia o sistema de transporte coletivo de Curitiba ainda destacou que Fila é um profissional reconhecido nacionalmente na área de transportes. E classificou o ato contra ele como uma agressão à democracia. "Nessa tarde de segunda-feira, na Casa do Povo, um cidadão, várias instituições, e a democracia foram gravemente agredidos, o que merece repúdio de toda a sociedade."

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