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Entidades do estado do Amapá começam neste domingo (12) a convocar os cidadãos da capital Macapá para um ato político contra o governador Pedro Paulo Dias (PP), preso na sexta-feira (10). Ele foi detido dentro da Operação Mãos Limpas da Polícia Federal junto com mais 17 pessoas. A autorização para as prisões foram do Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde corre um inquérito sobre corrupção no estado.

A manifestação contra o governador está marcada para a próxima quarta (15). Coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e também integrante do comitê Eleições Limpas no estado, Edinaldo Batista afirmou ao G1 que o ato será de "repúdio ao possível retorno de Pedro Paulo ao cargo e de apoio à Operação Mãos Limpas".

Na visão dele, o governador não tem condições políticas de voltar ao cargo ainda que seja solto. "É inadmissível se falar na volta desta pessoa que não goza mais de credibilidade para retornar ao governo do estado. Ele era vice e foi secretário, então claro que ele tem responsabilidade mesmo tendo assumido o cargo de governador há pouco tempo".

Batista também criticou o presidente do Tribunal de Justiça e governador em exercício, Dôglas Evangelista Ramos, que em entrevista ao G1 defendeu a volta de Pedro Paulo Dias ao poder. "Essa declaração dele foi muito infeliz. Esperávamos que o poder judiciário pudesse ajudar o estado neste momento, mas essa posição dele nos decepciona".

Segundo o coordenador do MCCE, alguns dos organizadores da manifestação participarão nesta segunda-feira (12) do desfile cívico em comemoração à criação do território do Amapá e farão panfletagem chamando a população para participar do ato do dia 15. A manifestação deverá acontecer no chamado eixo administrativo da cidade, rua em que estão localizadas as principais sedes dos órgãos administrativos do estado e do município. O encerramento será em frente ao Palácio do Setentrião, sede do governo estadual.

De acordo com Batista, o ato está sendo organizado pelo comitê Eleições Limpas junto com centros acadêmicos da universidade federal do estado, grêmios estudantis, sindicatos de servidores públicos da Saúde e do Ministério Público da União e pastorais ligadas à Igreja Católica.

Até agora somente manifestações a favor do governador preso foram realizadas em Macapá. A maior delas, na noite deste sábado (11), reuniu centenas de pessoas em frente a Fortaleza de São Jorge, principal ponto turístico da cidade. Neste evento o candidato a vice do governador preso, Alfredo Góes (PDT), defendeu o colega e afirmou que a chapa deles é "ficha limpa".

Inclui em algum lugar que Batista diz não ter filiação partidária e que o ato que está sendo organizado não tem vinculação com nenhum candidato. "Uma grande preocupação nossa é é que não se confunda essa manifestação com apoio a qualquer um dos demais candidatos. Alguns estão querendo pegar carona, mas nós não aceitamos".

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