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"Esses novos aumentos estão incidindo sobre tarifas que já estão muito elevadas. Estamos buscando o interesse público, a proteção do interesse coletivo."

Do secretário dos Transportes, Rogério Tizzot, ao anunciar ontem mais uma ação do governo (a enésima) contra o aumento do pedágio.

Chega no dia 14 a Paranaguá um enviado muito especial para avaliar bem de perto as denúncias que pesar contra a administração portuária. Trata-se do ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU).

Sua visita vai coincidir com o dia (mas não com o horário) da inauguração da reforma sede da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), que consumiu a surpreendente soma de R$ 17 milhões – mais do que o custo do Hospital Regional de Ponta Grossa, de 13 mil metros quadrados.

Mas Nardes não quer saber da festa. Vai gastar o dia ouvindo toda a comunidade portuária, cotejando a opinião desta com a pilha de processos (que já alcança 1,50 m de altura) que estão sob seu exame no TCU. Com base no que recolher e no que vir, o ministro Nardes promete fazer o mais profundo diagnóstico da administração a que o Porto de Paranaguá está submetido há três anos.

A chegada do ministro se dará um dia após à data final que o Ministério dos Transportes tem para se pronunciar sobre a recomendação do TCU para que proceda à intervenção federal no Porto, destituindo o estado da condição de agente delegado.

O ministro Augusto Nardes, nomeado para o TCU em 2005, vem inovando os procedimentos do órgão desde que tomou posse. Além dos relatórios burocráticos elaborados pelas equipes técnicas, ele visita pessoalmente as obras e serviços cuja fiscalização são de sua alçada. Fez isso, por exemplo, quando da "operação tapa-buraco" das rodovias e, agora, na questão do "apagão aéreo". Quinta-feira é a vez do Porto de Paranaguá passar pelo seu pente-fino.

No Porto, só profissionais

O deputado Francisco Dornelles (PP/RJ) anunciou em discurso na Câmara, na semana passada, que esteve com o presidente Lula para pedir-lhe os partidos políticos quando for escolher dirigentes portuários. Devem ser ouvidos, isto sim, profissionais especializados indicados por entidades empresariais e técnicos. Na sua opinião, esta é a única forma de evitar que se mantenha a grave situação administrativa e operacional que hoje emperra os portos brasileiros e prejudica as exportações. Em comentário ao discurso, o deputado Eduardo Sciarra (PFL/PR) disse que quando Dornelles falava "parecia que estava olhando para o Paraná!" Para Sciarra, os portos devem continuar públicos, mas com administração profissional, como pede Dornelles.

Olho vivo

Candidatos ao TC 1 – Além do deputado Hermas Brandão e do ex-cretário Augusto Canto Neto, quatro cidadãos pouco conhecidos concorrem à vaga de conselheiro aberta no Tribunal de Contas. São eles Harry Avon, Antonio R. Hanauer, Jorge A. de Souza e Waldemar J. Teodoro. Uma busca nas listas telefônicas eletrônicas por esse nomes não obteve resultados. O que não significa que os cidadãos-candidatos não existam, mas a curiosidade aumentou.

Candidatos ao TC 2 – Cinco desses candidatos serão submetidos a entrevistas individuais amanhã, na Sala de Reuniões da Presidência da Assembléia, a partir das 10 horas. Cada um terá 15 minutos para dizer quem são e porque cobiçam a vaga de conselheiro. Só não está na lista dos entrevistados o mais cotado dos pretendentes, justamente o deputado Hermas Brandão.

Usinas 1 – A Brascan Energética, empresa ligada ao grupo paranaense J. Malucelli, entrega até 2008 três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no estado do Rio. Essa experiência, segundo o deputado Luiz Cláudio Romanelli, não é suficiente para credenciar a empresa a construir a hidretrica de Mauá, no Paraná, uma nova gigante da Copel.

Usinas 2 – Tecnicamente, ele até pode estar certo, mas existiriam outros motivos (não técnicos) que explicariam a atitude do parlamentar, sobre os quais a J. Malucelli diz preferir manter silêncio. O governador Roberto Requião é que deve, nos próximos dias, decidir se deve ou não ser feita licitação para escolha de outra empreiteira para tocar a obra.

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