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O ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná (AL-PR) Abib Miguel, o Bibinho recebeu alta na tarde desta segunda-feira (8). Ele estava internado no Hospital São Lucas, em Curitiba, desde a última quinta-feira (4), para uma uma cirurgia de hérnia umbilical. O julgamento do ex-diretor, previsto para começar nesta manhã, foi adiado.

Bibinho deixou o hospital por volta das 14h30. O médico Rogério Augusto Camargo Scheibe informou que o ex-diretor passou por um Raio X do abdome. Segundo o médico, o estado de saúde de Bibinho é considerado bom, mas recomendou de 20 a 30 dias de repouso. O médico, Rogério Augusto Camargo Scheibe, é funcionário de carreira da Assembleia e testemunha de Bibinho.

Audiência

Começaram a ser julgados nesta segunda-feira, José Ary Nassiff, ex-diretor de administração do Legislativo estadual, Cláudio Marques da Silva, ex-diretor de pessoal, e João Leal de Matos, funcionário da Assembleia, que está foragido. Também estão sendo julgados três parentes de Matos, que teriam sido usados como "laranjas" no esquema. O julgamento dos três acusados teve início efetivamente por volta das 11h20.

Antes disso, por volta das 9h30, a juíza Ângela Ramina, da 9.ª Vara Criminal de Curitiba, decretou a abertura da sessão e logo após fez uma suspensão temporária, para analisar uma petição da defesa de Bibinho. No documento, os advogados informaram que o ex-diretor-geral faltou por causa de seu estado de saúde e por isso os advogados pediam a suspensão da sessão. A juíza decidiu desmembrar o processo que julga sete pessoas acusadas de envolvimento no esquema. Com isso, o julgamento de Bibinho, só deve acontecer no final de novembro.

Outra argumentação da defesa era de que os dois promotores do MP-PR estariam impedidos de participar do julgamento porque acompanharam as investigações do caso. A promotora Marla blanchett é membro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Odoné Serrano Júnior é promotor substituto da 9.ª Vara Criminal de Curitiba e atuou na Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público.

Além disso, a defesa alegou que a juíza e os promotores tinham uma relação próxima, o que impediria a participação dela no julgamento. A juíza Ângela Ramina afirmou, por volta das 11 horas, que o argumento era infundado e inverídico e que se tratava de uma tentativa para postergar o julgamento, e indeferiu o pedido. Oito testemunhas de acusação – arroladas pelo MP-PR - foram ouvidas. A estratégia da defesa dos réus foi desqualificar os depoimentos. Os advogados afirmaram que as testemunhas teriam sido coagidas pelo Ministério Público. Seis pessoas, que não moram no Paraná, serão ouvidas por meio de cartas precatórias. Não há previsão de data para que a audiência seja retomada.

Denúncia do MP-PR

Em maio, o MP-PR denunciou 13 pessoas por causa do esquema de contratação de funcionários fantasmas e desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa do Paraná. A denúncia foi assinada pelos promotores do Gaeco. Segundo a denúncia, o Gaeco encontrou 18 situações em que foram cometidos os crimes de formação de quadrilha, peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

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