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O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Nelson Justus, enfrentou ontem o dia de maior pressão pela sua saída do cargo desde o início das denúncias apresentadas pela Gazeta do Povo e pela RPCTV na série "Diários Secretos".

Além da ação do MP, a Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apa­­jufe), Associação Comercial do Paraná (ACP) e a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) cobraram ontem o afastamento de Justus para garantir a segurança das investigações na Casa.

Uma moção de repúdio à Assembleia, com o pedido de saída dos integrantes da Mesa Diretiva do Legislativo, foi aprovada por unanimidade na manhã de ontem no encerramento da 4.ª Conferência Estadual das Cidades, em Foz do Iguaçu. Estas manifestações somam-se a OAB e a três partidos políticos PPS, PV e PCdoB), que já haviam criticado a permanência de Justus no cargo.

O presidente da Apajufe, Anderson Furlan, disse ontem, em entrevista à RPCTV, que a saída de todos os envolvidos na série "Diário Secretos" dos cargos na Assembleia Legislativa é a forma de isentar a busca de informações de pressão. "É uma garantia da investigação, de que as pessoas suspeitas não participem do processo de investigação, de não terem acesso ou domínio a provas, que devem ser apuradas."

Como juiz federal, ele afirmou que há índicios de crimes federais nos casos mostrados pela reportagem e, por isso, existe a competência da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) de investigar.

A presidente da ACP, Avani Tortato Slomp Rodrigues, declarou, também em entrevista à RPCTV, que toda a Mesa Diretora da Assembleia deveria sair, como forma de preservação à instituição. Para o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, o eleitor tem o potencial de mudar este cenário através do voto.

Repúdio

Na moção de repúdio aprovada em Foz, os participantes "propõem que os ocupantes de cargos de direção da Assembleia Legislativa se afastem de seus cargos enquanto estiverem sendo realizadas as investigações". O documento ainda revela que os participantes do encontro "lamentam que até agora não tenha sido esclarecido quem foi o responsável legal por todos os atos denunciados". Para os delegados que aprovaram a moção, "as ilegalidades denunciadas afrontam os princípios constitucionais aplicáveis à administração pública".

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

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