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ParanáTV mostrou os documentos obtidos com exclusividade

Relatórios de movimentações bancárias realizadas na agência do HSBC no Centro Cívico, em Curitiba, e no posto que fica dentro da Assembleia Legislativa (AL) do Paraná revelam como o dinheiro da Casa foi parar nas contas do ex-diretor geral, Abib Miguel - o Bibinho - e parentes. Os documentos obtidos pelo Ministério Público (MP) indicam que saques eram feitos em contas de funcionários supostamente fantasmas e transferidos para as contas de Abib Miguel e familiares.

Uma tabela obtida com exclusividade pela Gazeta do Povo e RPC TV mostra o montante transferido das contas de quatro servidores supostamente fantasmas para as contas de Abib Miguel e dos filhos Eduardo Miguel Abib, Isabel Stein Miguel, Luciana de Lara Abib, além da Pedreira Santa Luzia, que tem como sócios Abib Miguel, o irmão Ed Abib e o ex-diretor administrativo da AL, José Ary Nassif. Segundo o documento, o valor é de R$ 1.019.982,68.

O contador Douglas Bastos, que trabalhou na administração de uma fazenda de Abib em Goiás, revelou, em depoimento ao MP, que o ex-diretor da AL contratava servidores só para ficar com dinheiro público. Segundo Bastos, Abib Miguel pediu para que ele indicasse nomes de parentes para poder abrir contas. Estas pessoas não precisariam trabalhar e ganhariam planos de saúde em troca do dinheiro que ficaria com o ex-diretor.

Para o advogado de Abib Miguel e de José Ary Nassif, Eurolino Reis, o contador terá que provar as denúncias que fez. Em entrevista ao telejornal ParanáTV, da RPC TV, ele disse ainda que o documento obtido pelo MP mostra que os saques e depósitos bancários não servem como prova de desvio de dinheiro.

O julgamento de Abib Miguel que estava marcado inicialmente para o dia 17 de novembro foi transferido para a próxima quinta-feira (9). Abib Miguel deve ser ouvido no dia 9, 10 e 13 de dezembro. Ele e outros seis réus são acusados de desviar pelo menos R$ 100 milhões dos cofres da Assembleia.

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