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Diante de evidências apresentadas pla reportagem da Gazeta do Povo e da RPCTV de que havia dezenas de funcionários fantasmas na Assembleia, o presidente da Casa, Nelson Justus (DEM), anunciou há 20 dias um recadastramento geral dos servidores. Contudo, nem mesmo a comissão que vai comandar esse levantamento foi definida. O diretor administrativo, José Ary Nassiff, que pediu afastamento do cargo na semana passada, deveria ser um dos integrantes da comissão de recadastramento. Mas a saída dele forçou a reorganização do processo de recadastramento. Uma ficha para recadastramento chegou a ser divulgada na internet. Mas, segundo o diretor de pessoal da Assembleia, Cláudio Marques da Silva, ela é muito extensa e está sendo substituída por um modelo mais compacto, de forma a facilitar o processo de digitação do novo cadastro. Assim, nenhum dos 2,4 mil funcionários teria finalizado o procedimento até agora. O prazo para a conclusão dos trabalhos, conforme definiu Justus, é 17 de maio.

Base de dados

Ontem, Justus admitiu que muitos deputados têm solicitado informações à presidência da Casa sobre atos oficiais que não aparecem na base de dados disponibilizada pela Gazeta do Povo e pela RPCTV na internet. O jornal e a tevê levantaram cerca de 700 diários oficiais de janeiro de 2006 a março de 2009. Mas há pelo menos 2.178 atos publicados em diários não numerados aos quais a reportagem não teve acesso – os chamados atos secretos. Os deputados também não têm esses documentos, que indicariam exonerações e contratações.

Segundo Justus, os deputados só poderão ter acesso aos dados corretos a partir da conclusão do censo dos funcionários. "A resposta definitiva para tais erros é o recadastramento, que está em curso", declarou. O presidente assegurou que em 60 dias os diários oficiais da Assembleia passarão a ser divulgados na internet.

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