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Porto Alegre - O promotor Amilcar Macedo confirmou ontem que o acesso a dados de pessoas públicas feito de dentro da Casa Militar do governo do Rio Grande do Sul não se limitou aos nomes divulgados inicialmente. A senha do sargento Cesar Rodrigues de Carvalho foi usada para vasculhar também informações do candidato do PT à prefeitura de Lajeado, Luiz Fernando Schmidt, em 2008, e do deputado estadual Nelson Marchezan Junior (PSDB), além da ex-presidente do Detran Stela Maris Simon, da procuradora-geral de Justiça Simone Mariano da Rocha, do procurador da República Adriano Raldi, do ex-representante do Estado em Brasília, Marcelo Cavalcante, morto em fevereiro do ano passado, e da mulher dele, Magda Koenigkan, entre outros nomes.

Carvalho trabalhou na Casa Militar entre janeiro de 2009 e agosto de 2010, período em que teria feito mais de 10 mil acessos a dados do Sistema Integrado de Consultas. Macedo afirma que as consultas feitas não estão relacionados a informações necessárias à segurança da governadora Yeda Crusius (PSDB), responsabilidade da Casa Militar. O sargento ficou preso entre os dias 3 e 15 de setembro por suspeita de extorsão de contraventores. Na mesma investigação, o Ministério Público descobriu que ele acessava indevidamente dados de políticos, policiais, jornalistas, advogados e até crianças. Carvalho ficará trabalhando na área burocrática da Brigada Militar até que um inquérito apure se cometeu irregularidades ou não.

As informações iniciais indicavam que os dados do ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT), do senador Sérgio Zambiasi (PTB), da governadora Yeda Crusius (PSDB) e da deputada estadual Stela Farias (PT) e seus filhos foram acessados pelo sargento. O militar sustentou que não verificava informações sigilosas e que agia a mando de chefias.

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