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O departamento do Tesouro americano incluiu, na quarta-feira (15), 23 colombianos e 23 empresas do país ligados ao criminoso Juan Carlos Ramirez Abadia numa lista de traficantes de drogas. Estas pessoas e as empresas estão proibidas de fazer negócios com os Estados Unidos, e terão os bens congelados pelas autoridades americanas.

"No auge de sua carreira, Juan Carlos Ramirez Abadia foi um dos mais ricos e ativos traficantes de drogas da Colômbia", disse o diretor do Tesouro dos EUA Adam J. Szubin. "Hoje ele está preso e sua rede financeira está sob ataque. Vamos continuar pressionando sua riqueza conquistada de forma ilegal até que ela desapareça", completou.

Entre os 23 incluídos na lista de traficantes estão Hernan Felipe Ramirez Garcia, Jhon Jairo Ramirez Lenis, Sergio Alberto Ramirez Rivera e German Rosero Angulo, que ajudaram a formar a organização criminosa dirigida por Abadia. Alvaro Barrera Marin e seu filho, Alvaro Enrique Barrera Rios, qua atuaram como "laranjas" em empresas em nome de Abadia também foram incluídos na lista.

Entre as empresas estão a imobiliária APVA, de Cali, na Colômbia, a Campo a la Diversion, um parque em Valle, na Colômbia, a fazenda de criação de cavalos Criadero Santa Gertrudis, também na região de Valle, e a autopeças Ensambladora Colombiana Automotriz, de Barranquilla.

Prisão

Abadia foi preso no dia 7 na mansão dele, avaliada em R$ 2 milhões, na Aldeia da Serra, na Grande São Paulo, durante a Operação Farrapos. No dia 8, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia autorizado o decreto de prisão com fins de extradição. Ele é acusado de mandar matar 15 pessoas nos Estados Unidos e outras 300 na Colômbia.

O colombiano envolveu-se com o tráfico de drogas em 1986 e hoje é o líder do cartel de drogas no Vale Norte da Colômbia. Em 1996 ele foi preso e cumpriu quatro anos e três meses de detenção pelo envio de 30 toneladas de cocaína para os Estados Unidos.

Abadia comandava uma organização criminosa que revendia cocaína na Europa e nos Estados Unidos. O dinheiro angariado na venda era retirado dos EUA por meio do México e de lá, transferido para o Uruguai, país de ramificação com as empresas laranjas do colombiano no Brasil. As empresas de exportação, embarcações e imóveis faziam negócios no Uruguai, tornando lícito o dinheiro da droga.

O colombiano confessou à Polícia que trouxe US$ 16 milhões para viver com conforto no Brasil. Em sua residência na Grande São Paulo, foram encontrados US$ 544 mil, 250 mil euros e R$ 55 mil, que estavam em cofres e em compartimentos sigilosos, como caixas de som. Além de dinheiro, havia jóias e relógios de grife.

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