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O ex-segurança e ex-assessor pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Freud Godoy, depôs desta quarta-feira (8) na superintendência da Polícia Federal, em São Paulo. Godoy foi ouvido pela Polícia Federal no inquérito que apura denúncias feitas por Marcos Valério sobre o caso mensalão.

O objetivo da Polícia Federal é apurar a destinação de um repasse feito a Godoy por Marcos Valério, considerado o operador do mensalão. Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, no ano passado, Marcos Valério disse ter feito pagamentos a Godoy e que parte do dinheiro teria sido usado para pagar despesas pessoais de Lula. Após as denúncias sobre o mensalão terem sido desmembradas em vários inquéritos, Valério foi novamente ouvido em abril deste ano, desta vez, pela Polícia Federal em Minas Gerais. No depoimento, ele reafirmou a acusação feita à Procuradoria-Geral.

O conteúdo do depoimento não foi revelado pela Polícia Federal em São Paulo. A assessoria de imprensa do órgão informou apenas que Freud Godoy foi ouvido por meio de carta precatória, ou seja, as perguntas às quais ele deveria responder foram feitas anteriormente pela Polícia Federal em Minas Gerais e encaminhadas, por escrito, à Polícia Federal de São Paulo. O inquérito está sendo investigado pela Polícia Federal em Minas Gerais. Godoy só foi ouvido em São Paulo porque mora na capital paulista.

Freud Godoy começou a ser ouvido por volta das 15 horas e deixou o prédio da superintendência três horas depois, sem falar com a imprensa. Godoy só respondeu à pergunta feita por uma jornalista, que desejava saber se ele não iria se defender das acusações. "Estão fazendo algumas acusações contra o senhor e o senhor tem que se defender", disse a jornalista. Godoy deu uma risada e perguntou a ela: "A senhora é juíza?".

Godoy estava acompanhado de seu advogado, que se recusou a dar seu nome ou se identificar à imprensa. Aos jornalistas, o advogado disse apenas que Freud Godoy "respondeu todas as perguntas".

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