A Polícia Federal ouviu na manhã desta quinta-feira (14) o ex-assessor especial da Casa Civil e colaborador do ex-ministro Antônio Palocci, Charles Capella. Ele chegou à Superintendência da PF em Curitiba por volta das 10 horas acompanhado de uma advogada. Depois de prestar depoimento, Capella participou de uma acareação com o doleiro Alberto Youssef.
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Os investigadores da Lava Jato querem saber se Capella teria recebido R$ 2 milhões em nome do ministro em 2010. O doleiro Alberto Youssef contou à força tarefa que entregou o dinheiro a um homem identificado como “Doutor Charles” em um hotel de São Paulo em 2010. Os recursos seriam para a campanha da presidente Dilma Rousseff.
Acareação
Ainda nessa quinta-feira (14), a partir das 14 horas, Capella participa de uma nova acareação na PF, desta vez com o lobista Fernando Soares. Em seguida, participam do procedimento o pecuarista José Carlos Bumlai e o lobista e delator Fernando Soares.
O objetivo das três acareações de hoje é esclarecer pontos referentes à suposta participação de Palocci no esquema.
Essa não é a primeira vez que O envolvimento do ex-ministro é objetivo de uma acareação na PF. No início de novembro, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o lobista Fernando Soares participaram de um procedimento em Curitiba, que durou quase dez horas.
O advogado de Bumlai, Arnaldo Malheiros Filho, esteve na PF pela manhã para conversar com o cliente sobre a acareação. Segundo o defensor do pecuarista, Bumlai deve esclarecer os pontos de conflito entre os depoimentos dele e de Baiano. Entre os pontos que devem entrar em pauta durante o procedimento, estão o suposto pagamento de R$ 1 milhão para o PMDB para a manutenção do ex-diretor Nestor Cerveró em seu cargo na Petrobras e o repasse de R$ 2 milhões para pagamento de uma divida imobiliária da nora do ex-presidente Lula. Bumlai nega as duas acusações. “Isso da manutenção do Cerveró, nem o Cerveró fala isso”, disse Malheiros Filho.
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