O ex-deputado federal Eliseu Padilha (PMDB) foi indiciado num inquérito da Polícia Federal (PF) que apura formação de quadrilha e fraudes em licitações de obras públicas, logo depois de prestar depoimento hoje em Porto Alegre.

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Os policiais suspeitam que ele tenha agido para beneficiar uma empresa interessada na construção das barragens de Jaguari e Taquarembó, projetos de R$ 70 milhões cada, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tocados pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Apesar do indiciamento, Padilha mostrou-se tranquilo ao deixar a sede da PF na capital gaúcha. "Estou satisfeito porque agora sei qual é a investigação que há contra mim", comentou, referindo-se à suspeita de que teria tentado ajudar a MAC Engenharia, de seu amigo Marco Antônio Camino, a vencer a concorrência para construir as barragens.

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"Acontece que a empresa foi desclassificada numa fase preliminar e não participou da licitação", ressalva. "Não há nos autos nenhuma fala minha, pedido, nada, com qualquer agente público, tratando das licitações ou pedindo algo para o Camino", destaca o deputado.

"Não acredito que (a acusação) tenha fundamento, mas se houver denúncia acolhida pela Justiça, tenho certeza de que não vai dar em nada porque poderei provar minha total inocência", disse.

O inquérito que cita Padilha é um dos 15 abertos pela PF nos últimos dois anos como desdobramentos da Operação Solidária, que apura fraudes em licitações de merenda escolar e obras públicas no Rio Grande do Sul. A PF não divulga detalhes das investigações porque elas estão protegidas por sigilo.

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