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Gleisi Hoffmann durante sabatina na Universidade Positivo | Cesar Machado/Gazeta do Povo
Gleisi Hoffmann durante sabatina na Universidade Positivo| Foto: Cesar Machado/Gazeta do Povo

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou na delação premiada ao Ministério Público Federal (MPF) que, em 2010, o esquema de corrupção na estatal repassou R$ 1 milhão para a campanha ao Senado da petista Gleisi Hoffmann (PR). A informação foi divulgada em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, na edição deste domingo (19).

Em 2011, no início do governo da presidente Dilma Rousseff, Gleisi se licenciou do mandato para assumir o cargo de ministra-chefe da Casa Civil - posto que ocupou até fevereiro deste ano.

O ex-diretor da Petrobras disse que recebeu pedido para "ajudar na candidatura" da petista. A solicitação, afirmou o ex-diretor da Petrobrás, foi feita pelo doleiro Alberto Youssef.

Costa e Youssef são alvo da Operação Lava Jato, deflagrada em março pela Polícia Federal para combater o que considera uma organização criminosa que se instalou na Petrobrás para promover corrupção e lavagem de dinheiro.

O ex-diretor da estatal lembrou ainda que, em 2010, o marido de Gleisi, Paulo Bernardo, ocupava o cargo de ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Neste ano, a petista concorreu ao governo do Paraná e terminou a disputa na terceira colocação, com 14,9% dos votos.

Gleisi afirma que não conhece Costa nem Youssef

A senadora Gleisi Hoffmann afirmou que os repasses para sua campanha em 2010 foram todos declarados à Justiça Eleitoral. Por meio de sua assessoria de imprensa, a ex-ministra chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff foi taxativa. "Todas as doações para minha campanha estão na prestação de contas fornecidas ao Tribunal Superior Eleitoral."

Ainda por meio de sua assessoria, Gleisi afirmou que "não conhece Alberto Youssef nem Paulo Roberto Costa". O ministro Paulo Bernardo (Comunicações), também citado por Youssef na delação, negou qualquer possibilidade de ter ocorrido esse pedido e pagamento de propina na campanha de 2010 da senadora.

"Eu estive com esse Beto Youssef uma única vez quando eu era deputado e membro da CPI do Banestado. Ele estava preso e foi depor, e pelo que me lembre ele se valeu do direito de ficar calado", afirmou o ministro. "Chance zero disso ter acontecido, em hipótese alguma."

Bernardo garantiu que a senadora e sua mulher não conhece e nunca conheceu Youssef. "Nunca estive em outra ocasião com ele. Nunca falei com ele por telefone, ou e-mail. Não sei porque ele falaria em ajudar a campanha da Gleisi e precisa ver se é mesmo a campanha dela", afirmou o ministro das Comunicações.

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