O ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz foi condenado por improbidade administrativa em razão de irregularidades na realização de uma etapa da Fórmula Indy em Brasília. Agnelo foi governador entre 2011 e 2014. A corrida seria em 2015, mas acabou cancelada pelo atual governador, Rodrigo Rollemberg.
A sentença do juiz Alvaro Ciarlini, da Segunda Vara da Fazenda Pública do DF, prevê perda dos direitos políticos e, se for o caso, também de função pública por cinco anos. Outra pena estipulada é a proibição de contratar com o poder público e de receber incentivos fiscais por três anos. Há ainda duas multas: uma no valor de duas vezes o dano causado, e outra igual a 100 vezes o último salário que Agnelo recebeu como governador. A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apontou várias irregularidades, como a falta de recursos para obras no autódromo. À Justiça, a defesa de Agelo argumentou que suas ações tiveram como objetivo incrementar a receita do DF e das atividades econômicas locais.
O juiz que condenou Agnelo é o mesmo que toca as ações da Caixa de Pandora, que tem como alvo outro ex-governador: José Roberto Arruda. Em fevereiro do ano passado, ele já tinha determinado o bloqueio dos bens de Agnelo e de outros investigados no caso.