O advogado Carlos Araújo, ex-deputado estadual do Rio Grande do Sul pelo PDT e ex-marido da presidente Dilma Rousseff, pediu que a Comissão Nacional da Verdade investigue também os empresários brasileiros que financiaram a repressão na apuração que está fazendo sobre violações aos direitos humanos no período de 1946 a 1988, durante depoimento prestado nesta segunda-feira (18), em Porto Alegre.
"Tenho certeza de que a Comissão da Verdade vai entrar no antro da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que foi responsável não só por financiar, mas também por assistir e estimular a tortura", afirmou. Araújo sustentou que havia empresários que iam para a sala de tortura estimular os torturadores e se envaidecer com a tortura de militantes contrários ao regime. E apontou Nestor Figueiredo, "que até hoje está na cúpula da Fiesp", como um dos envolvidos com o financiamento à repressão.
O presidente da comissão, Paulo Sérgio Pinheiro, ressaltou que uma das linhas de trabalho da equipe é o financiamento à repressão. Ele admitiu que que o assunto é "delicadíssimo". Araújo, que participou da luta armada contra a ditadura, foi preso e torturado no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo.
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