O ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto afirmou nesta quarta-feira (9) que houve caixa 2 nas 11 campanhas eleitorais de que participou (nove como candidato e duas como coordenador). "Nunca vi uma campanha se fechar realmente da forma que é declarada no Tribunal Superior Eleitoral".

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Adauto disse à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Compra de Votos que não contabilizar todos os recursos utilizados em campanhas eleitorais é prática comum no Brasil. "É cinismo dizer que não é assim", afirmou.

O ex-ministro não confirmou ter recebido R$ 2 milhões por meio de intermediários, acusação feita pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto durante acareação na CPI. Adauto afirmou, entretanto, ter recebido dinheiro do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares para saldar dívidas de campanha. "Procurei a pessoa que, no meu entendimento, tinha as condições efetivas de bancar as dívidas de campanha que ficaram para trás", disse. Segundo Anderson Adauto, a origem do dinheiro não foi questionada. "Quem precisa do recurso não entra em detalhes", acrescentou.

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O ex-ministro e atual prefeito de Uberaba (MG) está sendo ouvido pelos parlamentares por conta da acusação feita pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto. O nome do irmão de Adauto, Edson Pereira de Almeida, também aparece na lista de sacadores de Marcos Valério de Souza.

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