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O ex-secretário de Finanças e Urbanismo de Cassio Taniguchi Carlos Alberto Carvalho disse à Gazeta do Povo que as planilhas apresentadas por Sílvia Pfeiffer ao MPE não passam de uma compilação de anotações dele próprio e dos advogados do ex-prefeito no decorrer do processo que apurou as denúncias de caixa 2 veiculadas pela imprensa em 2001. "Nada disso é novo, toda essa documentação eu tenho também. A gente separou por empresa, processo e datas para que os advogados e auditores pudessem ir individualizando o material."

Segundo Carvalho, Sílvia está tentando "criar um fato para constrangê-lo publicamente", e se vingar por ele ter assumido o controle da Aeromídia. "Eu a afastei mesmo da administração, porque ela estava gerando problemas para a empresa. Como ela tinha um salário muito bom, de cerca de R$ 15 mil, deve estar muito brava", ironizou. O ex-secretário afirma ter comprado parte das cotas das filhas da empresária na sociedade. Para tanto, teria pago entre R$ 50 mil e R$ 60 mil.

Entre os "problemas" que Sílvia estaria causando à companhia, Carvalho citou "dívidas volumosas" que ela teria contraído junto à Infraero, valendo-se da procuração que tinha. Esse débito giraria em torno de R$ 250 mil a R$ 300 mil, segundo o ex-secretário. "Mas eles foram parcelados e estão sendo pagos rigorosamente em dia", garantiu. Carvalho também informou que Sílvia tentou usar os mesmos documentos numa ação para removê-lo da empresa, mas teve o pedido de liminar negado pela Justiça.

Com relação ao notebook, Carlos Carvalho disse que vai acionar o ICI para saber se há algum equipamento da prefeitura cedido a ele. "Se tiver, vou ressarcir o município. Todos os meus atos como agente público podem ser verificados." Ele também prometeu ingressar com uma ação por danos morais contra a ex-sócia.

Cassio Taniguchi

Um dos advogados de Taniguchi no caso, Olivar Coneglian falou em nome do ex-prefeito à Gazeta. "Das denúncias de caixa 2 resultaram dois processos – um criminal, arquivado pelo TSE, e o processo de prestação de contas, arquivado pelo TRE. Não vejo como qualquer um deles possa ser reaberto", comentou. Ele disse desconhecer a existência tanto do inquérito civil na Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público, mencionado na nota emitida ontem pelo MPE, quanto do processo por sonegação fiscal e lavagem de dinheiro confirmado pelo Ministério Público Federal. "Fiquei sabendo hoje (ontem)", garantiu. O ex-prefeito deve se manifestar hoje sobre o caso. (LP)

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