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A filiação de Gustavo Fruet ao PDT coloca o ex-tucano em uma saia-justa: depois de passar a eleição de 2010 criticando o PT e seus aliados, o ex-deputado agora faz parte de um partido da base do governo Dilma Rousseff. Fruet nega que isso seja uma contradição e alega que seu projeto local não tem relação com o governo federal. Em entrevista à Gazeta do Povo, o ex-deputado comentou esse e outros temas. Veja os principais trechos abaixo:

Mudança de lado

"Eu não sou mais deputado federal. Não posso manter a conduta que tinha no mandato", disse Fruet. "Além disso, meu projeto vai se concentrar no plano local." Sobre a parceria com o ex-senador Osmar Dias, Fruet diz que não há incoerência. "Nas últimas quatro eleições, estive com o Osmar Dias em três." Fruet disse que vai "manter uma visão crítica" sobre o novo partido.

Aliança com o PT

Embora diga que seja cedo para definir uma política de alianças para o ano que vem, Fruet admite a possibilidade de se coligar com o PT. "É possível. Já tive um diálogo com o presidente estadual do PT, deputado Ênio Verri, e com o ministro [das Comu­­­nicações] Paulo Bernardo. Mas tudo tem seu tempo. Nós temos que respeitar os tempos dos partidos", afirmou.

Lula no palanque

Questionado sobre uma possível participação do ex-presidente Lula, a quem fez oposição no Congresso, Fruet disse que não sabe se isso pode ocorrer. "Não há essa especulação, essa cogitação. Neste momento nós não estamos trabalhando com esse cenário", disse.

Candidatura da irmã

Fruet falou também sobre os boatos de que sua irmã, a ex-secretária de Educação de Curitiba Eleonora Fruet, seja candidata a vereadora pelo PDT no ano que vem. "Na família, eu é que tenho mais tradição de ir a eleições. A Eleonora tem uma formação política, mas nunca se candidatou. Ainda não falei com ela sobre isso", disse Fruet, sem confirmar nem mesmo se a irmã se filiará ao PDT.

Vereadores deixando o PDT

Fruet disse que ainda não sabe se haverá mesmo saída de vereadores do PDT. Mas ontem Jairo Marcelino e Roberto Hinça anunciaram a filiação ao PSD, numa mudança que seria para apoiar Luciano Ducci na tentativa de reeleição. "Respeito a decisão de qualquer um que cada um haja de acordo com sua consciência. Mas sempre lembrando essa tendência de cooptação. A população de Curitiba está observando e vai julgar este tipo de comportamento", afirmou.

Chapa

Segundo Fruet, a organização de uma chapa de vereadores no PDT é "a principal preocupação" no momento. No entanto, o ex-deputado disse que conversou com alguns vereadores que pretendem apoiá-lo e que não pediu para mudarem de legenda. "Decidimos que não vale o risco de perder o mandato", afirmou.

Carlos Lupi

Sobre o fato de o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, estar sob suspeita de ter cometido desvios no Ministério do Trabalho, Fruet disse que "todas as denúncias têm que ser apuradas". "Não há compromisso nenhum com nenhuma irregularidade. Defendo toda a investigação. Sempre assim me comportei", afirmou.

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