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Os testes feitos pelo geneticista Adil Pacheco, diretor do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Passo Fundo, mostraram que os três animais apontados por Cássia Aparecida de Souza como filhotes de sua gata Mimi são cachorros. Segundo o professor, jamais poderiam ter saído do ventre de uma gata.

O sangue utilizado no exame foi coletado na sexta-feira (17). Com o material, foi possível fazer a contagem dos cromossomos. Os gatos possuem 38. Já os cães, 78.

"Consegui confirmar que os três bichinhos são cães", disse Pacheco à Reuters por telefone. "Cão não nasce de gato, nunca vai nascer." "Agora é a palavra da moça contra a palavra da ciência", acrescentou.

Antes realizar os exames, o geneticista já havia afirmado que a probabilidade de uma gata parir cachorros é nula. De acordo com Pacheco, a distância evolutiva entre cães e gatos é a maior que pode existir entre dois mamíferos.

Mesmo diante do resultado dos exames, Cássia Aparecida não recuou. Ela afirma ter presenciado o parto de Mimi, que também deu à luz três gatos que morreram em seguida. Ela, seu marido, Rogério Jorge da Silva, e vizinhos garantem que o pai dos animais é um cachorro que vive no bairro onde moram.

Já o professor Pacheco afirma ser impossível uma relação sexual entre uma gata e um cão. "Olha o tamanho do pênis de um cão para caber na genitália de uma gatinha", disse. "Teria machucado toda, não conseguiria nem emprenhar", acrescentou.

"Todas as constatações vão contra a visão que ela teve", garante o professor, que atribui a afirmação de que uma gata teve cachorros como filhotes ao "imaginário popular".

A conclusão científica não foi o bastante para convencer Cássia Aparecida, que foi informada do resultado do teste por uma emissora de rádio local que transmitiu ao vivo sua divulgação.

Descontente com a constatação científica, a dona de Mimi, que espera seu primeiro filho para breve, promete pedir a realização de novos exames com os filhotes assim que eles estiverem maiores.

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