Exército teria 1.500 homens imediatamente para combater violência em SP, diz general

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O Exército pode disponibilizar imediatamente 1.500 homens para combater as ações do crime organizado no estado de São Paulo. A informação é do general Luiz Edmundo Carvalho, do Comando Militar do Sudeste. Ele disse que numa situação extrema, até 10.000 soldados poderiam ajudar o governo do estado de São Paulo a combater a onda de atentados, que atinge diversas cidades paulistas desde a semana passada.

O general Luiz Edmundo disse que as tropas estão em condições de atuar assim que chamadas pelo governo paulista. Ele disse, porém, que ainda não existe um plano de atuação definido para um caso de violência urbana, como o de São Paulo. O general afirmou que um plano só é definido quando existe uma missão especificada.

- Um planejamento só passa a ser válido a partir do recebimento da missão. Até este momento, existem hipóteses.

Nesta segunda-feira, o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, visitou o general Luiz Edmundo na sede do Comando Militar do Sudeste, no bairro do Ibirapuera, zona sul da capital. Lembo disse que o encontro foi apenas para retribuir uma visita feita pelo general ao governador, semana passada. O governador afirmou após o encontro que, por enquanto, avalia como desnecessária a presença das Forças Armadas no estado, mas mantém o diálogo aberto com o Exército.

- Se necessário, faremos o pedido. Mas neste momento, o que existe é apenas um diálogo - afirmou o governador.

Cláudio Lembo justificou sua negativa à oferta do Exército, neste momento,dizendo que a função das Forças Armadas é preservar a soberania nacional e não atuar numa situação que ele entende estar sob controle.

O governador de São Paulo disse que considera como uma 'situação de necessidade extrema' para atuação do exército a 'plena desorganização social'.

Lembo afirmou também que a questão da Segurança Pública em São Paulo não deve ser politizada na campanha eleitoral.

- Da minha parte não vou politizar essa questão. Ela diz respeito a todos nós, ao conjunto da sociedade e não a este ou aquele partido.