Segundo dia da passagem da CPI por Curitiba deve ser marcado por mais silêncio.| Foto: Aniele Nascimento /Gazeta do Povo

Com uma hora de atraso, começou na manhã desta terça-feira (1.º) a segunda sessão da CPI da Petrobras em Curitiba. Serão ouvidos pelos parlamentares executivos ligados à Odebrecht, entre eles o presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, além do ex-gerente de obras Celso Araripe. Os deputados começaram a sessão com a oitiva de César Ramos Rocha, um dos diretores da empreiteira, que optou por não responder aos questionamentos dos deputados.

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INFOGRÁFICO: Quem a CPI pretendia ouvir na passagem por Curitiba

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No início da sessão, o presidente Hugo Motta (PMDB-PB) informou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki concedeu uma liminar garantindo que os depoentes desta terça-feira não são obrigados a se incriminarem, não são obrigados a assinarem o termo de compromisso em dizer apenas a verdade e garantindo aos advogados que possam intervir caso achem necessário.

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A orientação dos advogados dos investigados da Odebrecht é para que todos permaneçam em silêncio.

Na sessão de segunda-feira (31) todos os depoentes optaram pelo silêncio. A CPI realiza nesta quarta-feira (2) a última sessão em Curitiba para oitiva de investigados na Operação Lava Jato. Serão ouvidos o publicitário Ricardo Hoffmann e o operador Fernando Moura.

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Os parlamentares também vão realizar uma acareação entre o executivo Augusto Mendonça, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque. Como firmou acordo de colaboração premiada, Mendonça é obrigado a responder a todos os questionamentos. Os demais podem optar pelo silêncio.

Esta é a segunda vez que os deputados vão à Curitiba para ouvir investigados na Operação Lava Jato. A primeira vez foi em maio.

Lamento

O vice-presidente da CPI da Petrobras, Antonio Imabassahy (PSDB-BA) lamentou a escolha pelo silêncio dos depoentes convocados pela comissão. “Acho que vamos ter uma manhã e tarde muito parecidas com o que tivemos ontem”, disse.

Os deputados tentam apelar para o lado emocional dos investigados. Essa estratégia é usada pelo deputado Delegado Valdir (PSBD-GO) desde segunda-feira. O parlamentar diz a todos os investigados que pensem na família antes de decidirem permanecer calados durante a oitiva. Até agora, a estratégia não funcionou.

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