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Com shows de artistas populares e outras atrações, organizações sindicais reuniram mais de um milhão de pessoas em festas do Dia do Trabalho em São Paulo nesta terça-feira, 1º de maio.

Na Zona Norte, com sorteio de cinco apartamentos e dez carros, a Força Sindical conseguiu juntar cerca de 1,3 milhão pessoas, de acordo com estimativas da Polícia Militar - que, inicialmente, havia previsto o público total em 800 mil. A organização fala em 1,5 milhão. Para atrair mais gente, foram chamados também a dupla sertaneja Zeze di Camargo e Luciano, o cantor Daniel, o grupo Exaltasamba e o cantor Fábio Júnior.

Durante o evento, quatro foram detidos com entorpecentes, 40 crianças se perderam e 70 pessoas foram encaminhadas para atendimento médico. Em meio aos discursos e entrevistas Paulo Pereira da Silva, presidente nacional da Força Sindical e deputado federal pelo PDT, não mediu as palavras ao defender o tema escolhido para este ano, "Os trabalhadores em defesa do Planeta".

Questionado sobre o tema, afirmou: "vamos falar a verdade, falar de meio ambiente até pouco tempo era coisa de v...". Mais tarde, o senador Cristovam Buarque disse que as centrais sindicais estão acomodadas. E o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que o governo pretende baixar até o final o mês a medida provisória que legaliza as centrais sindicais e destina a essas entidades 10% receita do imposto sindical.

Um milhão?

No Centro, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), diz ter reunido um milhão - estimativa considerada fora da realidade pela Polícia Militar. "A (Alameda) Barão de Limeira ficou vazia, ela havia sido reservada para o público e não tinha ninguém", diz o major Rui Conegundes de Souza, que acompanhou a movimentação do topo do Edifício Andraus.

Ele estima que, por volta de meio-dia, havia 25 mil pessoas no evento. Às 16h, 40 mil. "Eles como organizadores podem falar em um milhão, mas o número oficial não é esse. Ele preferiu não dar uma estimativa de quantas pessoas passaram pelo local, apesar de dizer que a contagem da CUT é exagerada.

Do alto do edifício que ficou famoso por ter pegado fogo em 1972, o responsável pelo policiamento tirou fotografias da área. "Além de facilitar o trabalho é para organizar os eventos futuros", diz o major. Entre as atrações da festa da CUT estavam nomes como Bruno e Marrone, Leci Brandão e Zeca Pagodinho.

No evento em si, o presidente da Central Única dos Trabalhadores em São Paulo, Edilson de Paula, disse que a central considera ameaçadoras ao direito dos trabalhadores as propostas defendidas pelos ministros da Previdência, Luiz Marinho, e do Trabalho, Carlos Lupi.

E a ministra do Turismo, Marta Suplicy, disse que dentro de dois meses deverá entrar em vigor o financiamento de pacotes de turismo por meio de empréstimos consignados para aposentados, com desconto das prestações diretamente no contracheque, o que possibilita juros mais baixos. O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), por sua vez, afirmou que a reforma sindical deve anteceder a reforma trabalhista.

Protestos

Sem shows e nem sorteios, a Conlutas e o Fórum Nacional de Mobilização organizam protesto na Praça da Sé com críticas contra o governo federal. Com o tema central "Em defesa da aposentadoria e dos direitos sociais, previdenciários e trabalhistas", os organizadores reuniram cerca de duas mil pessoas. As reclamações vão da Reforma Trabalhista à ocupação do Haiti por tropas brasileiras.

E cerca de 100 punks caminharam pela avenidas Brigadeiro Luiz Antônio, Paulista e Consolação em um protesto.

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